VIOLÊNCIA

Grávida e morta com 37 facadas, mulher não foi atingida na barriga

Segundo a polícia, Shirlene Ferreira da Silva levou facadas em diversas regiões do corpo, exceto no abdômen. Jeferson Barbosa dos Santos é o principal suspeito de matar a mulher e a filha dela, Tauane

Ana Isabel Mansur; Júlia Eleutério
postado em 07/02/2022 16:01 / atualizado em 07/02/2022 16:02
Segundo os delegados, a quantidade elevada de golpes é um dos fatores que destacam a crueldade do ato -  (crédito: Arquivo pessoal)
Segundo os delegados, a quantidade elevada de golpes é um dos fatores que destacam a crueldade do ato - (crédito: Arquivo pessoal)

Jeferson Barbosa dos Santos, 26 anos, assassinou Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, com 37 facadas, mas não atingiu a barriga da vítima, grávida de 4 meses, em "respeito à gestação." A informação foi divulgada pelos delegados da 19ª Delegacia de Polícia (Setor P Norte), responsável pela investigação, Gustavo Araújo e Thiago Peralva, nesta segunda-feira (7/2). O suspeito segue foragido.

O homem é acusado de matar mãe e filha em dezembro do ano passado, em um córrego do Sol Nascente. De acordo com os investigadores, Tauane Rebeca da Silva, 14 anos, foi morta por estrangulamento, apesar de ter sido esfaqueada no pescoço. Mãe e filha desapareceram em 9 de dezembro e foram encontradas 11 dias depois.

Shirlene foi atingida 37 vezes pelos golpes de faca, em diversas regiões do corpo, inclusive braços e mãos. Os delegados creem que Tauane foi executada como queima de arquivo, porque teria presenciado o assassinato da mãe.

"Acreditamos que Shirlene tenha defendido a filha de uma investida de Jeferson, porque tinha marcas de defesa no corpo", afirmou o delegado Peralva, destacando que a mãe foi morta primeiro. A adolescente foi encontrada sem short, de calcinha.

Crueldade

Os investigadores, porém, não confirmam se houve violência sexual. Devido ao estado avançado de decomposição dos corpos, não foi possível coletar material biológico nas cavidades sexuais para comprovação de eventuais estupros.

Segundo os delegados, a quantidade elevada de golpes é um dos fatores que destacam a crueldade do ato. "Não temos costume de ver execuções desse tipo (com tantas facadas), o que demonstra como o crime foi feito de forma brutal, inclusive com raiva — mais um indício que corrobora que Shirlene reagiu ao assassinato", afirmou o investigador Gustavo. 

As diligências da Polícia Civil não descartam a participação de outras pessoas no crime, embora os delegados atestem que testemunhas não avistaram ninguém além de Jeferson no local dos assassinatos. 

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