Homicídio

Acusado de matar mãe e filha no Sol Nascente, preso chega em Brasília 

Jeferson Barbosa dos Santos foi preso na noite desta terça-feira (8/2) em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia. Laudo concluiu que Shirlene, que estava grávida, foi morta com 37 facadas pelo criminoso

Júlia Eleutério
. Darcianne Diogo
postado em 09/02/2022 09:40 / atualizado em 09/02/2022 09:41
 (crédito: PCDF/Divulgação)
(crédito: PCDF/Divulgação)

Jeferson Barbosa dos Santos, de 26 anos, foi preso, na noite desta terça-feira (8/2), em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia. Os policiais civis da 19ª Delegacia de Polícia (P Norte) em conjunto com policiais da 3ª DP (Cruzeiro) prenderam o acusado de assassinar mãe e filha em um córrego do Setor Habitacional Sol Nascente, em dezembro do ano passado. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) divulgou a foto do suspeito na última segunda-feira (7/2).

A cidade baiana fica a cerca de 540km de Brasília. Jeferson era morador de Sol Nascente, mesmo local onde as vítimas residiam. Ele era conhecido pelas pessoas da região pela amizade que mantinha com Lázaro, autor da chacina no Incra que matou quatro pessoas da mesma família. Os dois trabalharam como carroceiros e, segundo a polícia, há a hipótese que tenham cometido crimes juntos, como roubos e furtos.

Relembre o caso

Shirlene Ferreira da Silva, de 38 anos, grávida de 4 meses, e a filha, Tauane Rebeca da Silva, 14, foram vistas com vida pela última vez por volta das 14h30 de 9 de dezembro de 2021, quando saíram para tomar banho em um córrego, localizado próximo de onde moravam. Foram 11 dias de buscas pela região, com trabalho da equipe do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal e da Polícia Civil. Quando os corpos foram encontrados, já estavam em estado avançado de decomposição.

A perícia concluiu que Shirlene foi morta com 37 facadas, mas nenhuma delas atingiu a região abdominal. Tauane foi estrangulada e também apresentava cortes por arma branca. Após investigação para chegar ao possível autor do crime, agentes da 19ª delegacia apontaram Jeferson como o principal suspeito.

A investigação minuciosa da PCDF contou com o depoimento de testemunhas oculares, que afirmaram terem visto as duas indo rumo ao córrego. Ao longo da apuração, o delegado à frente do caso, Thiago Peralva, adjunto da 19ª DP, ouviu uma testemunha crucial. No relato, a pessoa afirmou que Jeferson desceu para o mesmo local, no mesmo horário. “Toda vez que desce uma pessoa para o córrego, os cachorros latem. Essas testemunhas só repararam que o autor tinha descido, porque os cachorros latiram. Ele desceu e não mais retornou. Depois disso, ninguém mais passou ali”, afirmou.

Na região, Jeferson se auto intitulava como o “cara que se dava bem com as mulheres do córrego'', fato também determinante para a autoria do crime. “As mulheres que desciam ali, ele investia, com base nos depoimentos colhidos”, acrescentou o investigador.

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