Covid-19

Uma nova modalidade de falta de educação

Antes, as pessoas educadas se indignavam com as guimbas de cigarros atiradas por todos os cantos, maços de cigarros vazios jogados pelas janelas dos carros, mas agora, surgem os rejeitos da pandemia

Correio Braziliense
postado em 13/02/2022 06:00
 (crédito: Fotos: Jane Godoy/CB/D.A Press)
(crédito: Fotos: Jane Godoy/CB/D.A Press)

Sugiro que, ao sair de casa, a pé ou de carro, nas ruas ou nas calçadas, as pessoas prestem bem atenção onde pisam. Uma nota de modernidade, sinal dos tempos, é o fato de a pandemia ter se tornado coadjuvante, elemento transformador da civilidade das pessoas.

Isso mesmo. Antes, as pessoas educadas se indignavam com as guimbas de cigarros atiradas por todos os cantos, maços de cigarros vazios jogados pelas janelas dos carros, embalagens de picolés nas calçadas dos bares e das padarias, sem falar de outras tantas coisas (algumas impublicáveis), que encontramos pelos nossos caminhos, como latinhas de refrigerantes ou cervejas, copos descartáveis, lenços umedecidos e até fraldas descartáveis.

Mas, agora, tempos modernos, século 21, temos que evoluir e nos atualizar quanto ao fato de arremessar lixo nas ruas, poluir as águas, deixar a enxurrada levar (e entupir) os bueiros.

Aos senhores, caros moradores das cidades, vítimas da pandemia causada por essa doença que nocauteou milhões de pessoas pelo mundo afora, apresento-lhes, os novos "modelitos" de lixo: as máscaras descartáveis e os frascos de álcool gel!

"Só essa que nos faltava!", como diria dona Lavínia, minha mãe. Agora, além de dejetos caninos (que, há anos, comentamos neste espaço), de lixo de todos os tipos e texturas, temos que conviver com esse que pode até ser um transmissor desse vírus impiedoso e cruel.

O que fazer? Como fazer? Como agir, diante dessa falta de civilidade e de educação do povo brasileiro?

O Japão e a China, há anos, por causa da poluição, usam máscaras, como todo mundo sabe. Alguém já viu alguma jogada no chão por lá?

Gostaria muito que algum médico nos respondesse a pergunta que fizemos acima. Se usamos máscaras para nos proteger de uma possível contaminação, se respiramos e expiramos dentro delas, será que não são passiveis de contágio, se atiradas na rua?

Sabemos que o vírus tem uma vida breve, "um prazo de validade". Se a resposta for que não haverá perigo de contaminação depois que as máscaras são atiradas no chão, que beleza! Que tranquilidade!

Mas e as ruas, as calçadas e os gramados? Vão continuar sujos? Agora, com o lixo da moda? Vamos continuar vendo o mau exemplo que nossos filhos e netos receberão ao longo da vida?

Peço que reflitam sobre a frase que escolhemos para colocar no alto da coluna de hoje. Explica tudo.

 

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  • Na Praça de Alimentação da Feira da Torre de TV
    Na Praça de Alimentação da Feira da Torre de TV Foto: Fotos: Jane Godoy/CB/D.A Press
  • Frasco de álcool gel, no estacionamento da Igreja Perpétuo Socorro no Lago Sul
    Frasco de álcool gel, no estacionamento da Igreja Perpétuo Socorro no Lago Sul Foto: Jane Godoy/DB/D.A Press
  • Na comercial da 111 Sul
    Na comercial da 111 Sul Foto: Jane Godoy/DB/D.A Press
  • Na beira de uma calçada no Lago Sul
    Na beira de uma calçada no Lago Sul Foto: Jane Godoy/DB/D.A Press
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