Se o MDB fechar federação com o União Brasil, Ibaneis Rocha terá uma super estrutura de campanha, mais tempo de televisão e recursos do fundo eleitoral. Difícil tirar o apoio de um candidato à reeleição, mas a parceria só ocorrerá no DF se a presidência do União Brasil ficar sob o poder do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres. Nas mãos de Alberto Fraga, a legenda tomará o rumo oposto. Deverá caminhar ao lado do senador Reguffe (Podemos-DF), o nome considerado mais forte da oposição. Por isso, a discussão no partido que surge com a fusão do DEM e PSL interessa a vários grupos de olho nas eleições e não está restrita à briga interna de poder. Pode definir a eleição.
Reviravolta
Há tempos, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tem demonstrado falta de interesse em concorrer ao Palácio do Planalto e o presidente do PSD, Gilberto Kassab, sinaliza disposição de fechar com Lula. Se isso acontecer, o presidente regional da legenda, Paulo Octávio, terá de se sentar com o PT, que está na oposição a Ibaneis. Não vai ser a primeira vez. Paulo Octávio tem boas relações com petistas como o deputado Chico Vigilante (PT) e o ex-senador Cristovam Buarque, ex-petista que hoje está no Cidadania.
Torcida
O deputado Leandro Grass, que está prestes a se filiar ao PV, torce para que seja sacramentada a federação do seu novo partido com o PT, PCdoB e PSB, como tem sido costurado. Sem essa força, Grass terá dificuldades para viabilizar a sua candidatura ao Buriti.
Prazo embolado
As federações devem embolar as candidaturas regionais ao governo e ao Senado. Muitas alianças serão programadas no escuro. O prazo para definição de quais partidos estarão juntos termina em 31 de maio, enquanto o limite para as filiações partidárias se encerra dois meses antes para quem pretende concorrer nas próximas eleições. Cenário confuso.
Dúvidas no ninho tucano
A briga dentro do PSDB em torno da candidatura do governador de São Paulo, João Doria, pode respingar na candidatura do senador tucano Izalci Lucas ao governo do DF. Se a disputa presidencial não vingar, o PSDB deverá negociar alianças com outras legendas. Daí, o futuro é incerto.
Educação para o futuro
Pré-candidato ao Palácio do Buriti pelo PSB, Rafael Parente lançou, na última sexta-feira, o livro Como Educar Famílias para Futuros Desafiadores, escrito em parceria com o designer Caio Dib. Trata-se de um trabalho de campo com entrevistas com professores, médicos, psicólogos e famílias de várias partes do Brasil para entender como os pais podem lidar com as transformações da sociedade na educação das crianças. Entre os especialistas ouvidos está Claudia Costin, ex-diretora de educação do Banco Mundial. Parente é professor, PhD em educação pela Universidade de Nova York (NYU), cofundador do Movimento Agora! e ex-secretário de Educação do DF. Os autores vão doar 20 mil exemplares para escolas públicas do Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro.
Tempo de renovação
Correligionária de Fábio Félix (PSol), a professora Fátima Sousa saiu em defesa do deputado distrital que sofreu ameaças de morte por ter defendido, em audiência pública na Câmara Legislativa, o passaporte da vacina. Depois do que aconteceu com a vereadora Marielle Franco, executada há quatro anos, nenhum recado de ódio pode ser ignorado. "Ao defender o uso do passaporte sanitário nas escolas, o deputado Fábio Felix busca proteger a saúde da coletividade. Enquanto isso, aqueles/as que deveriam fazer o mesmo, agem como inquisidores da vida alheia. Quem ataca um parlamentar atuando em defesa da saúde pública, precisa desocupar a cadeira na CLDF e todas as demais que representam os interesses da sociedade. É tempo de renovação", disse Fátima.
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