À QUEIMA-ROUPA

Correio Braziliense
postado em 13/02/2022 00:01

 Houve uma festa na casa do ex-presidente do PSL-DF, Manoel Arruda, em comemoração pela criação do União Brasil. Acha que ele está se portando como o futuro presidente da nova legenda?

Não soube de nenhuma fala dele como presidente. Acho que ele está adotando a mesma cautela que eu. 

Já houve alguma comunicação oficial do partido?

Absolutamente não. Não dá para adivinhar quem vai ser o presidente. Essa decisão será por meio de votação, já que não existe consenso. O assunto está para ser resolvido na próxima reunião da comissão que está sendo criada. 

Precisa decidir logo?

Eu acho. Já passou da hora. Eu mesmo tenho vários compromissos que não posso confirmar, porque não tenho a caneta. Não vou assumir compromisso com os outros e depois ficar com a broxa na mão. O momento mais difícil dessas eleições será a construção de nominatas. Enquanto não tiver a certeza, não posso me adiantar. Tenho ouvido das pessoas que se eu for o presidente elas irão para o partido. Então, eu tenho essa expectativa, inclusive com o próprio Reguffe. Acho que ele se sentiria mais à vontade e confiante se eu fosse o presidente do partido. Mas essa decisão precisa ser tomada logo para a gente começar os trabalhos.

Você convidou Reguffe para ser candidato a governador?

Exatamente. Reguffe se mostrou interessado, mas ele disse que é preciso resolver a situação. Então, ficamos adiando uma decisão.

Acredita que o União Brasil vai fechar federação com algum partido?

Estão falando por aí que estão tentando uma federação com o MDB.

Vai ficar grande...

Imobiliza o centrão. 

Mas no DF a federação apoiaria a reeleição do governador Ibaneis Rocha?

Não. Acredito que se houver essa federação Ibaneis terá de procurar outro partido. 

O União Brasil nasceu como uma terceira via, nem Bolsonaro nem Lula. Como o partido ficaria com a presidência na mão do grupo do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres?

Pelo grupo do Anderson, apoiaria Bolsonaro. Aí seria uma medida contrária ao que foi decidido em convenção. Mas acho que essa decisão deve ficar para cada estado. Posso dizer que foi colocada uma cláusula que diz que nada será aprovado sem 60% dos votos. Se o Democratas não apoiar, não se alcança 60%. Essa cláusula foi incluída para proteger o DEM porque o número de deputados do PSL é muito maior.

A sua disposição é concorrer a um mandato de deputado federal?

Essa é a minha disposição. 

E apoiar Reguffe?

Apoiar Ibaneis a chance é zero. Espero que não haja divisões para não acontecer o mesmo que houve na eleição passada, com vários candidatos e Ibaneis acabou levando. Acredito que, se Reguffe chegar ao segundo turno, ganhará a eleição porque a esquerda não vai apoiar o Ibaneis.

O palanque do Bolsonaro no DF será o do Ibaneis?  

Se isso acontecer, para mim, será uma baita surpresa. 

Mas quem seria?

A Flávia (Arruda). Não sei por que ela não aceita ser candidata ao governo. Tem uma perspectiva boa, está bem nas pesquisas. Não consigo entender. 

Talvez ela avalie que o momento dela é 2026...

Por quê? Ela tem chance agora. Pode ser que não tenha mais daqui a quatro anos. Acho que é a história do cavalo encilhado...  

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