CB Poder

Sinpol-DF busca concretização da prometida paridade salarial

Presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF), Alex Galvão, afirma que, mesmo precisando cerca de 25% de reajuste salarial para que o salário da Policia Civil se equipare ao da Policia Federal, a expectativa é que seja de apenas 10%

Bernardo Guerra*
postado em 14/02/2022 18:13 / atualizado em 14/02/2022 18:14
 CB.Poder entrevista Alex Galvão, presidente do Sindicato dos Policiais Cívis do DF -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
CB.Poder entrevista Alex Galvão, presidente do Sindicato dos Policiais Cívis do DF - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Entrevistado no CB Poder desta segunda-feira (14/02), o presidente do Sinpol-DF, Alex Galvão, comentou sobre a paridade da Polícia Civil que foi prometida pelo Governador Ibaneis Rocha ainda em 2018. Segundo ele, o "dever de casa" por parte do sindicato está feito, agora, cabe ao Governo Federal planejar essa reestruturação, e isso só será possível com o apoio do governador do DF. Para a jornalista Ana Maria Campos, que estava na bancada do programa, Alex também comentou sobre o baixo número de policiais ativos atualmente, afirmando que as delegações estão conseguindo se manter abertas graças ao trabalho voluntário. O CB Poder é realizado por meio de uma parceria entre a TV Brasília e o Correio Braziliense.

Reajuste salarial

De acordo com o presidente do Sinpol-DF, o ideal seria que o reajuste recebido fosse de 25%, em prol da policia civil se equiparar a policia federal, mas a expectativa atual é que o reajuste seja de apenas 10%. "A gente sabe que não é o ideal, mas ao menos é melhor do que nada", conteta-se. "Agora a gente está em um momento de tentar construir um percentual, junto ao GDF, que possa nos levar a paridade ou, se não for possível, que pelo menos diminua esse fosso que foi criado entre os policiais civis e os policiais federais, que é a nossa paridade", explica.

Alex desabafa quanto as promessas que são feitas em campanhas eleitorais para ganhar apoio da categoria policial. "A gente tem que dizer o seguinte, que esses policiais já estão um pouco calejados de somente promessas. Eu até brinco que quem quiser ter o apoio da categoria policial civil, vai ter que demonstrar como vai fazer, não apenas dizer o que vai fazer".

Baixo número de policiais ativos

"Hoje, o cargo de escrivão é o pior deles, nós temos hoje 34% ocupado, quase um terço ocupado significa que o restante é vago. Os policiais civis, está na faixa de 58% a 60% vago, mais da metade dos cargos estão vagos. Os melhores aí são papiloscopista, que está com 75% e delegado com 72%, os demais estão na faixa de 50% a 55%. A gente tem uma defasagem muito grande", revela o presidente do Sinpol-DF. Segundo ele, grande parte se dá devido ao alto número de aposentados, juntamente com as pessoas que deixam a categoria em busca de outra ocupação. 

Alex aponta que o último curso realizado para a formação de policiais civis no DF foi realizado para a Copa do Mundo de 2014, e que, atualmente, grande parte das delegacias apenas permanecem abertas graças ao trabalho voluntário de alguns policiais, que escolhem trabalhar em seus dias de folga.

Assista a entrevista na íntegra abaixo:

*Estagiário sob a supervisão de Juliana Oliveira

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