Eleições unem empresários e políticos

Correio Braziliense
postado em 21/02/2022 00:01

O calendário eleitoral de políticos e empresários se mistura em 2022 e um lado tende a influenciar o outro. Federações do comércio nos estados, que incluem Sesc e Senac, dois braços importantes na atuação direta à população, podem reforçar candidaturas ao Executivo e Legislativo. E vice-versa. O apoio e a atuação de governantes e políticos devem influenciar na escolha das lideranças empresariais. Então, bem ao estilo, tudo junto e misturado, a campanha começou já no ano passado em ambos setores. Sinal forte disso ocorreu no evento de fim de ano do Sindivarejista, no Dunia Hall, que reuniu comerciantes, empresários e políticos. Estes fizeram questão de marcar presença e cada um, ao seu jeito,
tentou conquistar o eleitorado presente.

Busca por votos

A começar pelo governador Ibaneis Rocha, que prestigiou o evento e discursou. Disse que tinha feito uma gestão ouvindo os empresários, atendendo todas as demandas dentro do possível. Enfatizou que não queria sair da vida pública e que contava com o apoio do segmento. Semelhante fez o senador Izalci Lucas (PSDB),que também pretende concorrer ao GDF, a deputada federal Paula Belmonte (Cidadania), que integra a Frente Parlamentar do Empreendedorismo, e o ex-vice-governador Paulo Octavio (PSD),também uma liderança empresarial e presidente do LIDE/DF. Todos subiram ao palco para darem o seu recado.

O anfitrião do evento, ocorrido no final de dezembro passado, era o empresário Edson de Castro, cujo grupo pode concorrer à presidência da Fecomércio DF,

Aproximação

Atualmente no comando da Fecomércio DF José Aparecido Freire tem a simpatia de Ibaneis. E o empresário retribui sempre elogiando o governador. Os dois podem unir forças, já que ambos enfrentam as eleições nos próximos meses. Na Câmara Legislativa, os distritais Julia Lucy (Novo), Rodrigo Delmasso (Republicanos) e Rafael Prudente (MDB) mantêm atuações próximas aos empresários.

Varejistas podem disputar Fecomércio

O empresário Sebastião Abritta foi eleito presidente do Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal, entidade que representa 30 mil comerciantes. Ele encabeçou chapa única à sucessão de Edson de Castro. Assumem como vice-presidentes Antonio Mathias, Talal Abull Alan e Geraldo César Araújo. A posse será no dia 1º de abril. Com a eleição no Sindivarejista, Abritta é apontado como possível concorrente à presidência da Fecomércio, em maio. Um grupo se organiza para que ele dispute o cargo concorrendo com José Aparecido, que representa as empresas do comércio de papelaria, material escolar e para escritórios.

Cotado

Álvaro Silveira Júnior, do Sindiatacadista, também é apontado como forte nome para presidir a Fecomércio. Mas não deve ser candidato cabeça de chapa, pelo menos, não desta vez.

Abre e fecha de bares e restaurantes

Balanço da Junta Comercial do DF no início deste ano aponta que 344 estabelecimentos fecharam nos dois primeiros meses. Enquanto 656 foram
abertos no setor.

Adeus a Outro Calaf

Um dos locais que se despede, depois de 32 anos de atividade, é o Outro Calaf. Está prevista
a despedida para 13 março.
A pandemia, as novas regras de proibição de cobrança de ingressos e falta de apoio ao setor cultural
foram apontadas como os
motivos pela direção da casa.

Rede de Espinoza amplia

Já o chef peruano Marco Espinoza se prepara para abrir sua sexta operação gastronômica em Brasília. Quatro em menos de um ano. Depois do premiado Taypá - que deu início a trajetória de sucesso do chef na cidade -, do Sagrado Mar e do Cantón, e das edições especiais Lima Cozinha Peruana e Meu Galeto Assado na Brasa, ele chega ao Casa Park no início de março com o oriental Kinjo. Mais uma sociedade com o seu braço-direito na cozinha, o chef Carlitos Apolinario, seu compatriota.

Sonegação
do varejo on-line

O varejo on-line é uma tendência que tem ganhado cada vez mais espaço no mercado mundial. Em 2020, somente no primeiro semestre da pandemia, os pedidos feitos por brasileiros pelo e-commerce já tinham registrado alta de 47% no faturamento total, de
acordo com Ebit. A popularização desse formato de compras demanda novas exigências da lei para garantir fiscalização tributária no setor.

Cobrar a nota

Entidades empresariais alertam para a sonegação que está ocorrendo por meio dessas plataformas chamadas de marketplace. Muitas não condicionam a venda do produto à emissão da nota fiscal, dando abertura para que muitos vendedores repassem seus produtos sem formalizar a operação junto à Receita Federal.

Contra a concorrência desleal

"A CDL-DF defende a proteção dos lojistas da concorrência desleal de quem vende sem a nota. É importante que o governo adote ações que coíbam essa prática e garantam um ambiente de negócios mais justo", afirma Wagner Silveira Jr, presidente da entidade.

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