VIOLÊNCIA

Criança é agredida na saída da escola

Darcianne Diogo
postado em 26/02/2022 00:01

 A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga o caso de uma criança, de 11 anos, agredida por Stéfanie Mendes de Araújo, 35, na saída do Centro de Ensino Fundamental 19, em Ceilândia, na quinta-feira. A agressora foi intimada a comparecer na 23ª Delegacia de Polícia (P Sul) para prestar esclarecimentos acerca do fato. Câmeras de segurança de um comércio captaram o momento das agressões. 

Em entrevista ao Correio, a mãe da criança lamentou a situação e disse não acreditar no que aconteceu. A gerente de negócios estava no trabalho quando recebeu a ligação do esposo informando o fato. "Minha filha chegou em casa por volta de 13h40. Era para o meu marido ter ido buscá-la, mas ele acabou ficando preso no trânsito. Quando ela chegou, contou tudo e ele me telefonou. Fiquei desesperada na hora", desabafou.

A mãe da criança viu o vídeo das agressões somente depois. Nas imagens, Stéfanie desce de um carro prata, vai até a criança, que está uniformizada e no meio-fio, e começa a agredi-la com socos, tapas, empurrões e puxões de cabelo. "Ela ainda retorna por duas vezes e dá continuidade às agressões. Depois, entra no veículo e sai", afirmou o delegado-adjunto da 23ª Delegacia de Polícia (P Sul), Vander Braga. 

Segundo as investigações, a filha da agressora teria se envolvido em uma briga com uma colega da vítima, mas a situação teria se resolvido na própria escola. Não satisfeita, Stéfanie seguiu a criança e a agrediu. Após o ocorrido, a suspeita ainda voltou na escola e confessou ter agredido a menina e afirmou que, se pudesse, "teria passado o carro por cima". A conversa foi filmada por testemunhas. "Minha filha nunca deu trabalho na escola, sempre foi uma aluna exemplar", disse a mãe. "É revoltante. A gente geralmente sente medo de assalto, acidente ou sequestro, mas não de uma coisa dessas. Uma mulher fazer isso, nesse ato de covardia, é revoltante", acrescentou.

Histórico de crimes

Stéfanie Mendes tem 10 passagens criminais por injúria, ameaça e lesão corporal. Ela chegou a ficar presa na Penitenciária Feminina do DF (PFDF) e está em liberdade provisória em decorrência de uma sentença condenatória de 2017. "Diante das práticas, vamos oficiar o caso à Vara de Execuções Penais (VEP) e há a possibilidade de a Justiça regredir a pena e ficar em regime fechado", acrescentou o delegado que investiga o caso.

O Correio apurou que, após a repercussão do caso, a acusada alegou aos familiares que precisou viajar a trabalho.

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