
A série de reportagens “Selvageria no Trânsito”, publicada pelo Correio Braziliense entre 28 de novembro e 1º de dezembro de 2021, foi reconhecida no Prêmio de reportagens de Segurança Viária da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ, em inglês) — WHO Road Safety Reporting Contest, em inglês.
Escrita pelos jornalistas Adriana Bernardes, Jéssica Eufrásio, Pedro Grigori e Samara Schwingel o especial contextualiza os cenários mundial, brasileiro e local das mortes no trânsito, além dos custos e impactos desses registros para a vida das pessoas e para o Estado.
Em três reportagens, a série alerta que caso os governos e a sociedade civil continuem a ignorar a pandemia de mortes no trânsito, até 2030, elas se tornarão a quinta maior causa de óbitos prematuros, superando as provocadas pela Aids, por cânceres, pela tuberculose e pela violência, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS).
O concurso, organizado pela OMS e ICFJ, recebeu centenas de inscrições e selecionou as três melhores de um grupo de seis países com alto número de mortes no trânsito — Bangladesh, Brasil, Colômbia, Gana, Índia e Uganda. As reportagens escolhidas destacam o custo humano da má segurança no trânsito em todo o mundo. A série do Correio ficou em segundo lugar entre os trabalhos selecionados no Brasil.
“A segurança no trânsito continua sendo uma questão importante globalmente”, conta Johanna Carrillo, vice-presidente de programas do Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ). “Cobertura de notícias aprofundada e orientada para soluções é fundamental para chamar a atenção para esse tópico importante, mas muitas vezes subnotificado", acrescenta.
Para a jornalista Adriana Bernardes, uma das responsáveis pela série de reportagens, é essencial o debate na mídia sobre a importância da mobilidade urbana para as pessoas, um tema à margem das prioridades dos governos. *"Orçamentos não executados; políticas públicas descontinuadas ou inexistentes, entre outras questões produzem uma pandemia de mortes em sinistros de trânsito. E essas são vidas invisibilizadas, socialmente aceitas, banalizadas. Isso precisa mudar!", pontua.
“As inscrições vencedoras marcam algumas das melhores coberturas globais sobre segurança no trânsito e ajudarão a impulsionar o progresso na construção de sistemas de segurança no trânsito para reduzir o pedágio chocante e trágico em nossas estradas que todos nós usamos todos os dias”, diz Johanna Carrillo.
Confira as reportagens da série "Selvageria no Trânsito"
Quando o carro vira uma arma: uma pessoa morre nas pistas do DF a cada dois dias
Para reduzir mortes no trânsito, governo precisa estimular mobilidade não motorizada
Cerrado precisa de 195 mil novas árvores para compensar 10 anos de poluição rodoviária
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