PROGRAMAS

Mais de 63% dos atendidos pela Codhab esperou mais de 5 anos por habitação

Segundo pesquisa, 26% aguardou mais de 15 anos para ser contemplado e apenas 3% esperou menos de 12 meses

Um total de 63% das pessoas atendidas por programas habitacionais da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab) esperou mais de cinco anos para ser contemplada. Dessa parcela, 26% aguardou mais de 15 anos na lista da Codhab e 16% esperou de 10 a 15 anos.

Ficaram na fila de espera de cinco a 10 anos 21% dos abarcados pelos programas da companhia. A taxa daqueles que aguardaram de um a cinco anos também ficou em 21%. Apenas 3% das pessoas contempladas esperou menos de um ano.

Os números são da Avaliação da Política Habitacional de Interesse Social do DF, feita pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), pela Codhab e pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh). Os dados foram divulgados na tarde desta terça-feira (8/2).

De acordo com o estudo, somente 6,4% dos contemplados recusou a oferta habitacional da Codhab antes do aceite definitivo. Desse valor, 5,5% relataram não ter aceitado a proposta apenas uma vez.

Quando a companhia disponibiliza um empreendimento, o participante pode escolher aceitar ou recusar por até duas vezes. Na terceira dispensa, o candidato passa a ser desistente de programa habitacional.

Entre os motivos da recusa pelo imóvel estão o preço (46%), a localização (38%) e o tipo de oferta (20%). Depois que aceita de maneira definitiva, a maioria dos contemplados avalia a habitação de forma positiva (76%) e 17% acham o local regular. Apenas 6% dos atendidos têm impressões negativas dos imóveis.

Rendimentos

A renda familiar média dos brasilienses que fazem parte dos programas habitacionais da Codhab é de R$ 2.463, dos quais metade tem renda familiar de R$ 2 mil. Ganham até um salário mínimo 30% dos contemplados; 26% recebem entre um e dois salários mínimos; 18% têm de dois a três salários mínimos; 11% têm renda de três a quatro salários mínimos; 7% recebem de quatro a cinco salários mínimos; e 9% ganham acima de cinco salários mínimos. Até 31 de dezembro de 2021, o salário mínimo brasileiro era de R$ 1,1 mil. Hoje, é de R$ 1.212.

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