O Governo do Distrito Federal (GDF) inaugurou, ontem, o berçário Buriti para os filhos das servidoras da administração pública direta do governo. Localizado no anexo do Palácio do Buriti, o espaço faz parte do plano de ações do Programa de Atenção Materno Infantil (Proamis-DF), destinado a todas as servidoras da administração pública do DF. Para a especialista em estudos de gênero e liderança de mulheres Tânia Fontenele, a iniciativa é um passo para garantir maior segurança e tranquilidade às funcionárias.
Segundo Tânia, todas as organizações com um quantitativo significativo de mulheres precisam ter creches, um berçário e uma escola próxima. "Isso é fundamental para essas mulheres ficarem mais tranquilas. Elas querem os filhos próximos", avalia. A pesquisadora acrescenta que essas políticas públicas deveriam existir em mais locais da capital. "Idealmente, deveria ter em cada bairro as creches e berçários públicos, fomentadas pelo governo com pessoas qualificadas e treinadas, com desenvolvimento para essas mães poderem atuarem profissionalmente com tranquilidade e deixando seus filhos em segurança e sendo desenvolvidos também", conclui Tânia.
Durante a inauguração, o governador Ibaneis Rocha (MDB) expressou a vontade de ampliar o serviço para outras regiões da capital. "O projeto para o futuro é exatamente que a gente possa estabelecer um berçário como esse em cada uma das regiões do DF. Serão, pelo menos, cinco berçários que a gente espera colocar à disposição das mães que também trabalham nos demais órgãos", destacou Ibaneis.
O Promais, lançado em julho do ano passado, é um projeto de apoio à gestante, para incentivo ao aleitamento materno e para proteção à infância. A Secretaria de Economia promove cursos, palestras e atividades físicas no programa. Além disso, serão oferecidas atividades de cuidado e proteção à criança e à família e de fortalecimento do vínculo afetivo mãe-criança. As ações são desenvolvidas pela Secretaria Executiva de Valorização e Qualidade de Vida, da pasta econômica.
Para a servidora pública Rebeca Félix, 32 anos, a possibilidade de deixar o pequeno Levy, de seis meses, no berçário ao lado do trabalho a deixa menos preocupada. "É uma segurança, porque ele é muito novinho ainda. A gente acaba tentando pegar férias e tudo mais para poder ficar mais tempo por perto", contou a servidora, que trabalha há cinco anos no GDF.
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