Reajuste da gasolina

Caos: novo reajuste no combustível leva motoristas do DF a corrida aos postos

Novo reajuste do preço da gasolina deve impactar o bolso do consumidor em quase 60 centavos a mais por litro

Helena Dornelas*
postado em 10/03/2022 19:19 / atualizado em 10/03/2022 22:22
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Após o anúncio de que o preço da gasolina vai aumentar, muitos motoristas correram para os postos de gasolina para garantir o último preço. O novo reajuste foi divulgado nesta quinta-feira (10) pela Petrobras e deverá entrar em vigor amanhã (11).

O preço médio da gasolina do Distrito Federal, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), está em torno de R$ 6,791. A aposentada Luzia Helena, de 60 anos, acredita que deve haver uma mudança para diminuir o preço do combustível, "Para quem mora longe, que é meu caso, é um negócio mais sério a gente sair de casa, é médico, é supermercado, todas as necessidades básicas tem que se deslocar, então isso tem que ser repensado.” 

O supervisor de venda, Alberto Moreira, de 38 anos, trabalha em cinco lugares e ao longo do dia se desloca várias vezes. “A situação tá bem caótica, desde que decidiram atrelar o preço da gasolina com o preço do dólar” explicou. “Espero que alguma coisa aconteça, porque quase 8 reais o litro, que a gente sabe que vai chegar, é um absurdo. Isso impacta não só quem usa carro, mas impacta quase tudo, toda alimentação, os caminhoneiros, todos eles dependem do combustível para fazer o Brasil funcionar.”

O aumento do preço do barril do petróleo está relacionado ao intenso conflito na Ucrânia e as sanções à Rússia. Como explica o presidente do Sindicombustíveis, Paulo Tavares: "Os efeitos imediatos são as distribuidoras irão receber combustível das refinarias da Petrobras, com 60 centavos de aumento na gasolina e 90 centavos no diesel.” Com isso, agora, o preço médio da gasolina nas refinarias passará de R$ 3,25 para R $ 3,86 o litro, um aumento de 18,77%.

“Cada dono de posto tem o direito de decidir quando fazer o reajuste, até porque alguns podem ter estoque suficiente e manter seus preços por algum dia. Mas é improvável que se absorva um aumento dessa magnitude, de 60 centavos na gasolina e 1 real do diesel, isso com certeza vai chegar ao bolso do consumidor”, conclui Tavares.

 

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