A decisão de tornar o uso de máscaras facultativo dividiu opiniões das unidades de educação do DF. Após a publicação do decreto, a Universidade de Brasília (UnB) afirmou que seguirá com a exigência do item em todos os campi. "A exigência de apresentação do comprovante de vacinação com esquema completo e o uso de máscaras continuarão obrigatórios na instituição. Qualquer decisão no sentido de alterar as determinações em vigor será informada pela Universidade", informou em nota oficial. A Instituição ressaltou que atua no princípio de "autonomia universitária, previsto na Constituição Federal".
Presidente da Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do DF (Aspa-DF), Alexandre Veloso aguarda o posicionamento oficial da Secretaria de Educação. "Precisamos dessa orientação da pasta para consolidar as nossas orientações para os pais. Até o momento, entendemos que cabe ao entendimento de cada responsável mandar ou não seus filhos sem a máscara", pondera.
Diretora do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), Rosilene Corrêa salienta que a categoria tem preocupação com a decisão do governo. "Ainda temos pessoas sendo infectadas e, neste ano, estamos vivendo uma situação de superlotação nas salas de aula, o que impede o distanciamento. Nem todos os estudantes estão vacinados, e isso é um risco. Sabemos do calor e da dificuldade de usar a máscara, no entanto, ela é uma proteção a mais contra o vírus", defende.
Protocolo
Em nota, o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF (Sinepe-DF) explica que orienta às unidades ao cumprimento da lei, destacando que "é facultado à gestão de cada escola definir seu protocolo no combate à covid-19. Dessa forma, entendemos que, caso a escola queira adotar medidas mais rígidas, tem autonomia e liberdade, desde que descrito em seus documentos e divulgado amplamente para a sua comunidade escolar".
O profissional de marketing, César Silva, 46, adianta que o filho, Helder, 13 anos, aluno de uma escola particular, vai continuar utilizando o item de proteção. "Acredito que ainda é cedo para isso (não usar). O uso da máscara deve ser encarado, a meu ver, como atitude preventiva, em especial, porque não queremos que as nossas crianças se contaminem no ambiente escolar e acabem se sentindo responsável por infectar os familiares", opina o morador de Águas Claras.
*Estagiária sob a supervisão de Guilherme Marinho
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