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Ceilândia completa 51 anos

Para celebrar o aniversário da maior cidade do Distrito Federal, moradores poderão participar de uma grande festa que se estenderá durante toda a semana. Programação inclui esportes e muito lazer

Giovanna Fischborn
postado em 27/03/2022 00:01 / atualizado em 27/03/2022 09:46
 (crédito:  Daniella Sasaki/Esp. CB/D.A Pres)
(crédito: Daniella Sasaki/Esp. CB/D.A Pres)

É de se imaginar a quantidade de memórias, sonhos e lutas que os moradores da Região Administrativa mais populosa do Distrito Federal guardam. São, afinal, 470 mil ceilandenses, segundo dados da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). Hoje, o dia é de comemoração. Neste 27 de março, Ceilândia, uma jovem senhora, completa 51 anos.

A celebração de mais de meio século de existência da cidade merece uma festa à altura. Para 2022, a expectativa é olhar para o futuro. A renovação, após os momentos mais críticos da pandemia de covid-19, deu espaço à esperança. E os moradores ganharam uma grande festa, que começou na sexta-feira (25), com uma apresentação especial da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, na Praça do Cidadão.

Ontem, a administração regional promoveu uma grande ação e disponibilizou vários serviços gratuitos. Quem visitou o espaço pôde aferir a pressão e a glicemia, colocar a vacinação contra a covid-19 em dia, além de receber orientações sobre uma alimentação saudável. Também deu para renovar a autoestima com corte de cabelo, manicure e designer de sobrancelhas. As crianças não ficaram de fora: participaram de jogos pedagógicos e ganharam livros infantis.

Para o grande dia, a Secretaria de Esporte e Lazer do DF pensou uma programação para lá de especial. O domingo de festa começa com uma corrida, disputada em percursos de 5 e 10 quilômetros, com largada às 7 da manhã. O ponto de encontro é a Via M1, em frente a Administração Regional. Um pouco mais tarde, às 8h30, o ginásio de esportes da cidade, na QNN 16, sediará uma disputa de handebol.

E para aqueles que querem se divertir, mas sem muito esforço físico, poderão participar de jogos de dominó e de dama, no auditório da Administração.

Vibrante e eclética

Criada em 1971, Ceilândia nasceu como parte da Campanha de Erradicação de Favelas, primeiro projeto do gênero realizado no DF. A terra vermelha abrigou, aproximadamente, 80 mil pessoas, vindas da Vila do IAPI, Vila Tenório, Vila Esperança, Vila Bernardo Sayão e Morro do Querosene.

Números muito distantes da realidade da cidade, prestes a contabilizar meio milhão de habitantes. Pessoas que vieram de todas as partes do país, principalmente do Nordeste, tornando Ceilândia a capital da região no Distrito Federal. Pode-se dizer que a história de Ceilândia se mistura com a do Nordeste. Essa relação se dá, principalmente, na cultura. A Casa do Cantador é um exemplo disso. O espaço ganhou vida em 1986, justamente para abrigar manifestações desses migrantes. Mas Ceilândia é eclética e tem espaço para todos os povos e gêneros.

A cidade possui economia própria, com um comércio forte e grande potencial imobiliário. Prova disso é a Feira do Produtor, inaugurada um ano após sua criação. Por lá, o dia começa mais cedo, com feirantes locais se organizando em 390 boxes e 360 pedras (espaços no galpão central para comercialização). De início, a feira funcionava no centro, mas, no mesmo passo que a cidade se expandiu, precisou de um lugar maior. Hoje, está instalada no início da Avenida Hélio Prates, na divisa com o Sol Nascente.

Obras

Em comemoração aos 51 anos da cidade, o Governo do Distrito Federal (GDF) divulgou um balanço dos investimentos na região, num total de R$120 milhões. As obras incluem duas unidades de saúde e uma Casa da Mulher Brasileira. A Unidade Básica de Saúde n° 15 (UBS 15) foi construída na QNR e atende a moradores de Ceilândia e do Sol Nascente. No Setor 'O', foi inaugurada uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), com capacidade para atender até 4,5 mil pessoas por mês.

Ao custo de R$14,3 milhões, outra obra que beneficiará a população é a requalificação da Avenida Hélio Prates, que liga Ceilândia a Taguatinga. A avenida será ampliada e ganhará novas calçadas, ciclovias e paisagismo. Contudo, moradores e comerciantes reclamam dos transtornos e da mudança nos estacionamentos o que, de acordo com os empresários, acarretará prejuízos aos estabelecimentos localizados na via.

Para comemorar a data, o Correio preparou um caderno especial sobre a cidade.

 

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