Professor assassinado

Homofobia motivou morte

O Correio teve acesso a trechos do depoimento prestado pelo acusado. Matheus conta que, no dia do crime, Denes Marlio Lima o parou na rua, falou que havia chegado recentemente do Piauí e queria "curtir". Os dois seguiram para a casa de Matheus, onde passaram o dia ingerindo bebida alcoólica e drogas

Desvendado o assassinato do professor de inglês do Centro de Ensino Médio 1 (CEM 1) de Planaltina Denes Marlio Lima Neres, 26 anos. A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) cumpriu mandado de prisão temporária contra Mateus da Silva Castro, 18, ontem. Ele confessou o homicídio e deu detalhes do crime, motivado por razões homofóbicas. Na sexta-feira, o suspeito havia sido detido pela Polícia Civil do DF por furtos de cabos de energia. Mateus será encaminhado para um presídio goiano. Duas mulheres que teriam envolvimento no crime são procuradas.

O corpo do professor foi encontrado carbonizado em 2 de março, em uma área de mata, em Planaltina de Goiás, mas Denis foi identificado após os familiares de Teresina (PI) chegarem em Goiás e reconhecerem a vítima.

O Correio teve acesso a trechos do depoimento prestado pelo acusado. Matheus conta que Denes o parou na rua, falou que havia chegado do Piauí e queria "curtir". Os dois seguiram para a casa de Matheus, onde consumiram bebidas alcoólicas e drogas. "O autor, em sua versão, disse que a vítima teria ficado nua e pegado nos órgãos genitais dele, motivo que teria provocado o assassinato", detalha delegado à frente do caso, Thiago César de Oliveira, titular do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Planaltina (GO). (DD)

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