Homicídio

Garotas de programa ajudaram assassino a ocultar corpo de professor do DF

Denes Marlio Lima Neres, 26 anos, foi encontrado carbonizado em 2 de março em um local descampado de Planaltina de Goiás. Assassino confesso foi preso. As duas mulheres ainda não foram localizadas

O assassinato do professor de inglês do DF Denes Marlio Lima Neres, 26 anos, contou com a participação de duas garotas de programa de Planaltina de Goiás responsáveis por arquitetar um plano para esconder o corpo do docente. Denes foi encontrado carbonizado em 2 de março em uma área de mata, na região do bairro Paquetá, no Entorno do DF. Assassino confesso, Mateus da Silva Castro, 18, acumula mais de 20 ocorrências criminais e deu detalhes do homicídio durante o depoimento, nesta quarta-feira (23/3).

O homicídio ocorreu em 1º de março e foi motivado por questões homofóbicas, segundo revelaram as investigações. Nesta quarta-feira, policiais civis do Estado de Goiás (PCGO) cumpriram o mandado de prisão preventiva contra Matheus, que já estava preso por furto no DF. O Correio obteve acesso a trechos da oitiva do acusado, em que o criminoso fala ao delegado que, no dia do crime, o professor havia convidado ele para “curtir”.

Recém-chegado de Teresina, Denes veio para o DF em dezembro do ano passado, depois de ser aprovado no concurso da Secretaria de Educação para o cargo de professor temporário. Câmeras do circuito interno de segurança de uma rua de Planaltina de Goiás registraram a vítima caminhando ao lado de Matheus. Os dois seguiram para a casa do acusado, onde passaram o dia ingerindo bebida alcoólica e drogas. “O autor, em sua versão, detalha que a vítima teria ficado nua e pegado nos órgãos genitais dele, motivo que teria provocado o assassinato”, frisou o delegado à frente do caso, Thiago César de Oliveira.

Plano arquitetado

Com uma pedra, Matheus atingiu o professor na cabeça e, após cometer o crime, furtou os dois celulares da vítima e vendeu em uma feira da região. Policiais conseguiram localizar o comprador, que deu detalhes sobre quem havia vendido os aparelhos.

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Morto, o corpo do professor permaneceu na casa de Matheus durante o dia, enquanto ele foi a um prostíbulo da cidade e confessou o ocorrido a duas garotas de programa que conhecia. Aproveitando-se do dinheiro do celular vendido, as mulheres toparam arquitetar um plano para ocultar o cadáver do professor, de modo a dificultar as investigações. “Os três, utilizando-se do veículo de uma das garotas, adquiriram gasolina e em seguida pegaram o corpo na residência, o enrolaram em um cobertor e o levaram para um local descampado, onde atearam fogo no corpo da vítima”, detalhou o delegado.

Por quatro dias, Matheus ficou hospedado em dois hotéis diferentes custeados pelas garotas do programa. Durante o cumprimento de mandado de prisão, os policiais não localizaram as mulheres suspeitas. Elas foram indiciadas por ocultação de cadáver, fraude processual e associação criminosa. Matheus foi indiciado pelos mesmos crimes mais o homicídio qualificado.

A PCGO solicita a divulgação da foto de Matheus pelos seguintes motivos: identificação dos indiciados por novas vítimas; o surgimento de novas denúncias anônimas através; o surgimento de familiares ou amigos de vítimas com relevantes informações adicionais sobre o crime; e o surgimento de novos elementos informativos sobre a dinâmica dos fatos criminosos.

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