Obituário

Influencer do DF que morreu atropelado nos EUA é sepultado

Natural de Brasília, familiares e amigos do influencer fizeram uma vaquinha para fazer o translado do corpo, que chegou na última terça-feira (22/3), no Distrito Federal.A cerimônia de sepultamento contou com a presença de amigos e familiares

Familiares e amigos se reuniram, na tarde desta quarta-feira (23/3), para dar um último adeus ao digital influencer Luis Carlos Gonçalves de Carvalho Junior. Aos 28 anos, Júnyork — como era conhecido virtualmente — morreu em 5 de março, na Geórgia, nos Estados Unidos, após ser atropelado por um caminhão enquanto trocava o pneu do carro, em uma rodovia.

Ele tinha mais de 400 mil seguidores nas redes sociais e dava dicas de como viver bem no exterior. Familiares e amigos do influencer, que é de Brasília, fizeram uma vaquinha para fazer o translado do corpo, que chegou na última terça-feira (22/3) ao Distrito Federal. “Pensamos que fosse demorar mais, mas o consulado brasileiro em Atlanta (EUA) nos ajudou com todo o processo, além dos amigos do Junior, que também nos deram todo o suporte”, explica o estudante universitário e irmão do influencer, Breno Michael de Carvalho, 22.

De acordo com Breno, a taxa para trazer o corpo para o DF era de R$ 60 mil. Para isso, amigos do influencer no Brasil e nos Estados Unidos se organizaram. “Conseguimos arrecadar o valor necessário. Aqui no Brasil, também organizamos uma vaquinha de R$ 10 mil para pagar o enterro. Tivemos muita ajuda e apoio dos conhecidos”, garante o estudante.

Jornada dos sonhos

Júnyork estava nos Estados Unidos há mais de cinco anos e, segundo o irmão, já havia conseguido a cidadania americana. “O sonho dele era ir para lá, dançar. Já havia rodado a America Latina toda dançando, e participou, inclusive, de programas de TV”, conta Breno. Com o passar dos anos, o influencer começou a se engajar nas redes sociais e passou a trabalhar com a plataforma do Instagram, em paralelo ao trabalho como entregador de carga.

De acordo com o irmão, o influenciador gostava de compartilhar experiências, principalmente com a família. “Ele amava ficar junto com os pais, avós. Sempre dava um jeitinho de unir todos”, diz. Com Júnyork, a diversão era garantida. “Ele era uma pessoa muito engraçada, espontânea. Não importava as dificuldades ou preocupações que vivesse, sempre tentava demonstrar tranquilidade, manter o controle das situações. Nunca foi uma pessoa agressiva, pelo contrário, sempre demonstrou muito carinho”, recorda.

Para Breno, o legado que o irmão deixa é de aprendizado. “Ele nos mostrou que não devemos desistir, nunca, dos nossos sonhos e objetivos. O Júnior saiu do nada e construiu muito além de saldo financeiro. A prova disso são os amigos que se fizeram presentes, mesmo após a partida dele. Ajudaram a família, arrecadaram dinheiro. Tudo isso mostra o caráter especial dele”, ressalta. “Júnior nos mostrou que é importante correr atrás dos objetivos, mas que nesse caminho, também precisamos fazer amigos que estejam conosco nos momentos difíceis”, completa.

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