Diversos pais aproveitaram ontem a vacinação itinerante no Centro de Ensino Médio do Guará (CEM) 01, conhecido como GG, para se imunizarem contra a covid-19. Com movimento intenso durante a manhã, os profissionais de saúde haviam vacinado mais de 500 pessoas até as 11h. Cerca de 70% faziam parte do público-alvo, de crianças entre 5 e 11 anos de idade.
A família de Teresinha Gonçalves, 55 anos, professora e moradora do Guará 2, aproveitou para garantir uma proteção a mais. "Vim tomar a 3ª dose da vacina com a minha filha, que também tomou a dela. Já o meu neto, João Pedro, de 7 anos, recebeu a 2ª dose", contou. Teresinha defende que a imunização é um cuidado importante com a saúde. "Sou professora e preciso garantir a vacina para proteger os meus alunos também", destacou.
Diretora do CEM 01, Cynara Martins contou ao Correio que chegou a formar fila na porta da escola. "No horário de almoço, tivemos um movimento mais calmo, mas a escola ficou cheia de crianças pela manhã, com a fila dando voltas", disse. "Os profissionais decoraram a escola com balões, entregaram pirulitos, tudo feito para alegrar as crianças. O ambiente escolar é uma referência para a comunidade, por isso essa parceria é muito importante", opinou.
A ação é uma parceria da Secretaria de Saúde com a Secretária de Educação e começou no final de semana passado, numa escola na cidade Estrutural. Está prevista, para o próximo sábado, mais uma rodada de vacinação em escolas, mas não foram definidas ainda em que região e unidade vai ocorrer.
O empresário Adriano Freitas, 44 anos e morador de Taguatinga, também aproveitou o fim de semana para levar a filha Mariana França, de 8 anos, para se imunizar. "Ela veio tomar a 2ª dose, que é super importante para impedir os casos mais graves da doença. Minha família chegou a ter covid, mas quem teve os sintomas mais graves foi a minha esposa. No entanto, eu fiquei com sequelas, e hoje, mesmo depois de quase um ano e meio, ainda não sinto totalmente o meu paladar", contou.
Muitas crianças se alegraram, além de estarem vacinadas e pelo mimo do balão e do doce após a vacina, pelo próprio ato de coragem de enfrentar a temida injeção. Lucas Moura de Araújo, de 6 anos, foi uma das que saiu do CEM 01 orgulhoso por não ter chorado. "Nem chorei, você viu, mãe? Nem doeu tanto", repetiu depois de ser imunizado. A mãe, Carla Moura de Araújo, 44 anos, moradora do Guará 2 e servidora pública, explica que era a 1ª dose do filho. "O ponto da escola é bom, porque tem um fácil acesso e também por ser no fim de semana, facilita muito. Acho essa adesão consciente das pessoas pela vacina fundamental", finaliza.