Oferecendo serviços como garoto de programa, o suspeito de matar o técnico em enfermagem André Lopes de Barros, 31 anos, teria se aproximado da vítima com o intuito de roubá-lo. O criminoso de 30 anos foi preso, ontem, após ser encontrado em um hotel na cidade de Unaí, em Minas Gerais. Conforme o delegado da 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro), Antônio João Dimitrov, o acusado, que não teve a identidade revelada, mantinha um padrão. "Ele utilizava o encontro amoroso mediante pagamento para ganhar a confiança da vítima", destacou Antônio.
O acusado já foi preso em outras ocasiões e estava em regime domiciliar. O suspeito ficará na Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP), no Complexo da PCDF, onde passará por audiência de custódia hoje. "Ele, inclusive, já tem antecedentes parecidos por crimes nos quais ele se aproxima de vítimas homossexuais a pretexto de realizar programas", acrescentou. A imagem do acusado foi divulgada na última sexta-feira para ajudar nas buscas e identificação.
De acordo com a investigação, o roubo evoluiu para um latrocínio. "Ele se aproximou da vítima em uma região que concentra alguns bares na cidade. Compraram cerveja e foram para a casa da vítima. Dentro da residência, ele o amarrou, o matou e levou alguns pertences", contou o delegado.
Segundo o delegado, após ser amarrado, André foi asfixiado pelo suspeito. A polícia aguarda o resultado do laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) para confirmar a causa da morte.
Histórico
Na segunda-feira, 4, o corpo do técnico de enfermagem André Lopes Barros foi encontrado no apartamento dele, na QNN 7, de Ceilândia Norte, sem as roupas e com os braços amarrados com um cabo de ferro de passar roupas.
Amigos de André relataram ao Correio que, antes de sumir, a vítima esteve em dois bares da região na noite da sexta-feira que ocorreu o crime e foi embora sem avisá-los, como de costume. Um vizinho e também amigo da vítima bateu por diversas vezes na porta do apartamento, mas não obteve resposta. Após ficar preocupado, ligou para a proprietária do imóvel, que abriu a porta com uma chave reserva. O quarto de André estava trancado e a porta foi arrombada, onde o corpo foi encontrado.
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