Autuado por estupro, o coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Edilson Martins da Silva, 47 anos, obteve liberdade provisória, ontem, mediante o uso de tornozeleira eletrônica, com monitoramento por 90 dias. A decisão veio após uma audiência de custódia no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). O rapaz de 21 anos que acusa Edilson foi autuado, no último sábado, por porte ilegal de munição e também deverá usar do dispositivo de monitoramento.
O jovem teria disparado contra o militar em um quarto de motel em Taguatinga. Os funcionários do estabelecimento acionaram a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e informaram que havia um homem armado do lado de dentro do portão. Quando os policiais chegaram, renderam-no e o conduziram ambos à 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro).
Aos policiais, o civil narrou que sentiu-se coagido e, para tentar fugir do local, pegou a arma do PM e efetuou disparos. Edilson se identificou como policial, mas preferiu permanecer em silêncio. Ele é diretor de Apoio Logístico e Finanças, do Departamento de Logística e Finanças, do Comando-Geral da PM.
Na versão do autor dos disparos, após sair de uma distribuidora de bebidas, na Sandu Norte, ele foi abordado pelo coronel. A partir daí, eles saíram para comprar drogas, no Setor M Norte, e decidiram consumir juntos no motel. Segundo o jovem, o militar usou uma arma de fogo para forçar a vítima a ato sexual e o impediu de deixar o quarto, momento em que a vítima pegou a arma do PM e efetuou os disparos.
Após a ocorrência, Edilson foi internado em um hospital particular da Asa Norte, em um surto psicótico. O militar deverá se apresentar para a colocação do dispositivo após sair da unidade hospitalar. Além do uso do dispositivo, deverá permanecer num raio de 500m de sua residência no período de 22h às 6h, além de ter o porte de arma de fogo suspenso. O oficial também não poderá se aproximar, no mesmo raio, do motel do ocorrido e da distribuidora de bebidas
Até o fechamento desta edição, o Correio tentou entrar em contato com os envolvidos e advogados, mas sem sucesso. O espaço segue aberto para a manifestação das partes.
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