BRASÍLIA 62 ANOS

Amizade cheia de bom humor

O integrante do grupo Setebelos, Daniel Villas Bôas, 35, e o servidor público Andrius Lima, 32, criaram uma relação que teve início quando um nem sabia da fama do outro. Eles cativam bons momentos juntos e garantem que nunca tiveram uma briga ou discussão

Arthur de Souza
postado em 26/04/2022 00:01
Entre os hobbies dos amigos Daniel e Andrius, está curtir a cobertura do prédio onde moram. -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Entre os hobbies dos amigos Daniel e Andrius, está curtir a cobertura do prédio onde moram. - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

Para quem acha que todos os famosos são mais reservados e não gostam de fazer amizade com qualquer pessoa, é preciso contar um pouco da história do comediante Daniel Villas Bôas, 35 anos, que faz parte do grupo Setebelos, e do servidor público Andrius Gabriel Lima, 32. Os dois se conheceram em 2009, quando Daniel já era humorista, mas eles comentam que o início da amizade não teve nada a ver com a fama do ator. "Quando a gente se conheceu, ainda não éramos vizinhos, foi através de um grupo de estudos, que também se reunia para jogar bola e pôquer", lembra Daniel. "Só depois que passamos a nos falar, fiquei sabendo que ele era um componente do grupo", destaca Andrius.

Depois de mais de 10 anos, os laços entre os amigos se estreitaram ainda mais, quando o servidor público se mudou para o mesmo prédio que Daniel mora, na 107 Norte. O artista conta que, apesar do fato envolver um amigo em comum, a aproximação não foi planejada. "Esse amigo acabou se mudando, vagou o apartamento e aconteceu, mas foi bem por acaso", aponta. A dupla garante, de forma engraçada, que nunca houve nenhum tipo de atrito na amizade. "Eu sou muito da paz, é muito difícil alguém conseguir me tirar do sério", frisa Daniel. "Acho que dá para dizer que nós vendemos a paciência muito caro", comenta Andrius.

Aliás, entre os dois, apenas elogios. Daniel considera o amigo como "pau para toda obra". "O Andrius é um cara que, o que você precisar, ele sempre vai ter um jeito ou algo bom para oferecer. Além disso, tem muito amigo que, quando tem algum espetáculo, diz que vai, mas acaba não aparecendo. Ele é o contrário, está sempre prestigiando, faz questão de apoiar. Isso é algo que eu dou muito valor", comenta.

Seguindo o mesmo caminho, o servidor público fala que o comediante é "gente boa, generoso e que, estar na companhia dele, é diversão garantida, o clima fica sempre muito legal". "Também posso dizer que, hoje, ele é um paizão para mim. Nessa relação de tantos anos, já passamos por situações em que um precisou do outro e eu sempre pude contar com o Daniel", garante Andrius.

Casos e causos

Com olhares desconfiados, os amigos preferiram não comentar as consideradas "histórias mais cabeludas" e destacaram apenas as jogatinas. "O que a gente faz mais junto é isso. O Andrius é muito bom no pôquer, mas, às vezes, eu apareço como um azarão em alguma partida", comenta Daniel. "É verdade. Tem situações em que ele surge das cinzas com aquelas jogadas que só quem é ruim faz", brinca Andrius, destacando que eles, junto ao grupo de amigos, já chegaram a passar fins de semana inteiros, apenas jogando pôquer. "Foram diversas noites sem dormir e comer direito por causa do jogo", lembra o comediante.

Eles afirmam que nunca passaram por perrengues juntos. No entanto, recordam que presenciaram uma situação que ocorreu com um colega. "Estávamos em uma 'bagunça' da nossa turma e decidimos começar uma brincadeira de queda de braço. Durante uma das disputas, um dos amigos acabou quebrando o osso do antebraço. Foi uma correria danada para levar ele ao hospital, mas acabou dando tudo certo", esclarece Daniel.

Por fim, os amigos lembram de quando levaram as filhas em um dos espetáculos do Setebelos, que tinha como tema personagens de terror. "Era a nossa primeira vez no teatro depois da pandemia, e eu sempre sonhei em, quando tivesse uma filha, levar para conhecer os bastidores e todo o resto, então, decidi levar a Mavie", conta. "Falei para a minha esposa ir cedo, para a Mavie olhar o pessoal se maquiando e colocando as roupas. Ainda mais eu, que era 'a morte', tinha que mostrar para ela quem eu era antes de colocar a máscara", destaca o humorista. "No meu caso, não deu muito certo. A Mavie já estava tensa desde quando chegou no teatro e, quando começou o show, teve que sair porque ficou com muito medo. Depois do show, ela disse para mim que nunca mais queria voltar para o teatro", comenta.

Para Andrius, a experiência foi surpreendentemente oposta. Ele também estava preocupado com a reação da filha. "Durante o espetáculo, teve um momento de blecaute e imaginei que ela fosse ter muito medo", explica. "Só que, nessa hora, eu e minha esposa seguramos na mão dela e acabou sendo mais tranquilo. Ela acabou se divertindo muito, riu das piadas e tudo. Inclusive, até hoje ela comenta sobre o show", finaliza Gabriel.

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FRASE

“Também posso dizer que, hoje, ele é um paizão para mim. Nessa relação de tantos anos, já passamos por situações em que um precisou do outro e eu sempre pude contar com o Daniel”

Andrius Gabriel Lima, servidor público 

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