O jornalista Gabriel Luiz — esfaqueado durante uma tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte) se recupera aos poucos no Hospital Brasília. Em boletim médico divulgado no fim da tarde de ontem, os profissionais da saúde afirmaram que o jovem recebeu alta da unidade de terapia intensiva (UTI) e foi realocado para um quarto, onde está em observação. De acordo com a nota liberada à imprensa sobre o estado do jornalista, "Gabriel está andando sozinho, empolgado e animado com a recuperação", disse o texto.
As investigações sobre o caso continuam e a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que já colheu os depoimentos dos suspeitos e das testemunhas. José Felipe Leite Tunholi, 19 anos, confessou, durante o interrogatório, ter esfaqueado Gabriel. Ele foi preso em menos de 20 horas depois do crime pelos policiais da 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro). O jovem contou que na noite de 14 de abril, por volta das 20h, estava no Sudoeste com alguns amigos ingerindo bebidas alcoólicas e drogas, mas negou ter usado entorpecente. Ele e o adolescente, de 17 anos, também apreendido, planejaram, então, cometer um roubo.
Sem faca e armas, os dois pediram a um outro colega uma faca e saíram na intenção de roubar. Ainda de acordo com o acusado, ao avistar Gabriel, a dupla começou a segui-lo e o puxou pela camiseta, momento em que o jornalista teria reagido. O comunicador social levou 10 facadas. A cena trágica foi presenciada por um vizinho, que do prédio gritou por socorro.
Os criminosos roubaram R$ 250 da carteira de Gabriel e abandonaram os objetos no meio do caminho. Depois disso, Tunholi e o adolescente foram em direção ao mesmo lugar onde estavam e trocaram de roupa. O suspeito, então, foi para a casa e pegou 565 euros para fugir para Paracatu (MG). A mãe do acusado disse em depoimento que o dinheiro foi pego sem autorização e alegou que o valor seria usado por ela para uma viagem, que foi adiada. A mulher também apresentou a nota de compra da moeda estrangeira.
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