Noroeste

Policiais interrompem festa no DF após convidados gritarem 'Fora Bolsonaro'

Os PMs afirmaram que os participantes estavam cometendo crime de perturbação contra a ordem pública, e disseram que o aniversariante seria levado até a delegacia. Pelo menos cinco moradores teriam ficado incomodados com o protesto

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) interrompeu uma festa de aniversário na região administrativa do Noroeste depois que os participantes começaram a gritar “Fora Bolsonaro''. O caso ocorreu na noite desta sexta-feira (1°/4).

Momentos após o ocorrido, a polícia chegou afirmando que os participantes estavam cometendo crime de perturbação contra a ordem pública. Disse, ainda, que o aniversariante seria levado até a delegacia. A PMDF alegou que a corporação recebeu, pelo menos, cinco ligações de moradores contestando a festa.

Questionado pelos policiais, o aniversariante disse que “todas as pessoas têm o direito de se manifestar, independentemente de posição política”. Inconformados, os policiais do 3° Batalhão Militar continuaram insistindo que o cidadão seria levado para a delegacia.

Ao Correio, o 1° Sargento Soares Ferreira não deu maiores explicações sobre o que teria motivado o pedido de prisão do aniversariante. O caso segue em curso.

Segundo a Polícia Militar, os fatos narrados não representam a realidade sobre a ocorrência no Noroeste, na noite de sexta-feira (1º). "Os policiais militares foram ao local porque vizinhos estavam incomodados com o barulho da festa de aniversário depois das 22h", informou a corporação.

A PM disse ainda que o aniversariante e os convidados tentaram impedir o trabalho dos policiais e alegaram perseguição política. Mas, de acordo com a corporação, vídeos gravados pela PM mostram exatamente o contrário.

Na versão da PM, os frequentadores da festa alegaram que os policiais estavam lá porque eles gritaram “Fora Bolsonaro”. Porém, os policiais frisaram diversas vezes que esse não foi o motivo da presença deles, até porque não é crime se manifestar contra os governantes no poder.

Com os ânimos acalmados, a PM conseguiu resolver a situação. O dono da festa assinou um termo circunstanciado, comprometendo-se a prestar esclarecimentos à Justiça quando intimado.

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