A história do Correio Braziliense e de Brasília se entrelaça desde o começo. A cidade e o jornal cresceram e evoluíram juntos. Um raro caso de amor entre uma cidade e um jornal, que fazem aniversário no mesmo dia — 21 de abril — e que neste mês se homenageiam e são homenageados com uma exibição de todas as capas publicadas na data comemorativa desde 1960.
O Correio foi um compromisso do jornalista Assis Chateaubriand com o presidente Juscelino Kubitschek de que a nova capital teria uma estação de televisão — TV Brasília — e um jornal desde o primeiro dia. A promessa foi cumprida e a ligação entre Brasília e o Correio Braziliense é fortalecida a cada ano. Esses 62 anos de conexão intensa e diária entre a cidade e o jornal se renovam a cada aniversário.
Os aniversariantes, ao longo dos anos, se revezaram no papel de narradores-personagens e todo esse enredo pode ser conferido na mostra, que é uma viagem de 62 anos pela história do mundo, do Brasil, de Brasília e dos brasilienses. Uma linha do tempo que vai de meados do século 20 aos primeiros 22 anos do século 21, é o que a exposição Brasília e Correio Braziliense: 61 1 anos de história oferece aos brasilienses e aos demais visitantes no CCBB, até 20 de maio.
As 62 capas do Correio Braziliense publicadas nos dias 21 de abril de cada ano podem ser lidas em totens de 2 metros de altura e acompanhadas de viagens multimídias. Algumas edições terão um QR CODE que levará o visitante às histórias de marcas brasilienses que nasceram na cidade e cresceram com ela.
O servidor público Alexandre Azeredo, 53 anos, e a esposa Cynara Arnette, 47, não perderam tempo e fizeram uma viagem no tempo entre os painéis. O casal foi almoçar no CCBB e se surpreendeu com a exposição. "Bem bacana a história que é contada aqui. Tem muita coisa interessante e a gente vai lembrando das coisas. Por exemplo, na capa de 1984, falando dos servidores, a gente vê o quanto mudou para como é hoje", aponta Alexandre.
Além dos totens, os visitantes também se perdem em um cenário instagramável com fotos históricas da exposição. Para os pequenos também há diversão. Em uma redação mirim, montada na área externa do CCBB, as crianças vão ouvir histórias da construção de Brasília e cada uma receberá uma réplica da capa do jornal para criar suas próprias matérias e desenhos sobre o que sonham para Brasília nos próximos anos.