Covid-19

Quarta dose, presente!

O DF iniciou ontem a aplicação da segunda imunização de reforço para o grupo de 60 anos ou mais. A taxa de transmissão atingiu o índice de 1,01 nesta sexta-feira, a maior desde 17 de fevereiro

Arthur de Souza Ana Isabel Mansur
postado em 07/05/2022 00:01
 (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

No primeiro dia de vacinação da 4ª dose da vacina contra a covid-19 no Distrito Federal para pessoas com 60 anos ou mais, 935 compareceram aos postos de imunização da capital do país para receber a aplicação. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o DF tem cerca de 127 mil pessoas nessa faixa etária. A vacinação continua hoje.

Divino Valero, subsecretário de Vigilância em Saúde do DF, ressalta que há unidades suficientes para atender os grupos. "É muito importante que a população tenha a consciência crítica de que a covid-19 não passou completamente. O que nos garante tranquilidade epidemiológica é continuar vacinando cada vez mais e no menor intervalo de tempo", convoca.

A capital do país começou a aplicar o segundo reforço dos imunobiológicos em 1º de abril, para pessoas com 80 anos ou mais. No dia 13 do mesmo mês, a campanha foi expandida para idosos acima de 70 anos. Werciley Júnior, médico infectologista e coordenador da Infectologia do Hospital Santa Lúcia, explica a importância de voltar aos postos de vacinação para receber a D4. "Existem dois tipos de defesa. A vacina gera, em um primeiro momento, anticorpos neutralizantes, a defesa imediata. O outro é a resposta de memória, que é a imunidade a longo prazo", diferencia.

Para a quarta dose, ou segunda dose de reforço, é necessário ter tomado a dose anterior há, pelo menos, quatro meses. O Correio esteve em Unidades Básicas de Saúde (UBS) da Asa Sul e da Asa Norte e, segundo funcionários dos locais, a procura estava dentro do esperado para o início da aplicação.

Uma das pessoas que estavam na fila da UBS I da Asa Sul, foi o médico Raimundo Rodrigues, 63 anos. Ele destaca que a imunização é importante, pois estamos diante de um vírus que é totalmente mutável e transmissível. "Por isso, a imunização se torna ainda mais importante, nesse cenário, para evitar complicações", pondera. Ele lamenta que o Brasil tenha começado a encarar a pandemia com o pé esquerdo, mas considera que a situação esteja melhorando. "Agora, eu acho que estamos tomando um rumo diferente — incorporando nos nossos hábitos de vida, essa necessidade de imunização", ressalta o morador do Noroeste.

O casal de servidores públicos Antonio Henrique Vaz e Josilene Vilela, ambos com 62 anos, tomaram a D4 na UBS II da Asa Norte. "Assim que soubemos do início da aplicação, corremos para garantir a nossa dose, porque é algo fundamental", apontou Antonio. "Apesar da pandemia não estar fora de controle, o fato de frequentarmos ambientes fechados, ainda exige um cuidado maior", considera Josilene.

Para Antonio Henrique, as pessoas que ainda não retornaram para completar o ciclo vacinal ou tomar as doses de reforço, precisam lembrar da quantidade de pessoas que a doença matou. "A covid levou mais de 660 mil pessoas, só aqui no Brasil. Parece que é só um número, mas não é. Tivemos perdas na família que, até hoje, emocionam só de lembrar", conclui Vaz.

A taxa de transmissão do novo coronavírus subiu e atingiu o índice de 1,01 nesta sexta-feira (6/5). De acordo com informações do Boletim Epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Saúde, o índice viral não ultrapassou o valor de 1, desde o dia 17 de fevereiro.

O número é preocupante segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), pois quando a taxa está acima de 1 isso confirma que a pandemia está descontrolada. Dessa forma, o número demonstra que um grupo de 100 pessoas podem infectar outras 101.

Vacinômetro

De acordo com o vacinômetro do DF, 6.130.491 doses dos imunizantes contra a covid-19 foram aplicadas desde o começo da campanha. Ainda de acordo com o painel, 90,15% da população da capital federal apta a se vacinar tomou a primeira dose (D1) ou o imunizante de aplicação única (DU). Podem receber os imunobiológicos pessoas de 5 anos ou mais. 

A atualização mais recente indicou que 83,78% do público-alvo está imunizado com a segunda dose (D2) e com a DU. A terceira dose (D3) foi administrada em 41,6% dos brasilienses aptos a receber a aplicação. Quanto à nova etapa, 1,95% dos candangos acima de 5 anos tomaram a quarta dose, segundo a SES-DF.

 

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  •  06/05/2022 CrÃ?©dito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - VacinaÃ?§Ã?£o contra a Covid 19. Segunda dose de reforÃ?§o para pessoas com 60 anos. Local UBS 2 Asa Norte. VÃ?¢nia Duarte.
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  •  06/05/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Vacinação contra a Covid 19. Segunda dose de reforço para pessoas com 60 anos. Local UBS 1 Asa Sul. Raimundo Rodrigues
    06/05/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Vacinação contra a Covid 19. Segunda dose de reforço para pessoas com 60 anos. Local UBS 1 Asa Sul. Raimundo Rodrigues Foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
  •  06/05/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Vacinação contra a Covid 19. Segunda dose de reforço para pessoas com 60 anos. Local UBS 2 Asa Norte.
    06/05/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Vacinação contra a Covid 19. Segunda dose de reforço para pessoas com 60 anos. Local UBS 2 Asa Norte. Foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
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