De acordo com o Ranking Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD)/NielsenIQ 2022, o Brasil possui um cenário varejista desafiador para os próximos anos e, apesar de ter fechado 2021 em recuperação, a inflação se destacou como um fator de impacto no poder de compra nos lares brasileiros. Segundo o levantamento divulgado na última terça-feira, a expectativa é de que o setor tenha que lidar com diferenças regionais do consumidor; definição de sortimento baseado no consumo do formato; e complexidades em negociar com diversas redes, mantendo a distribuição de abastecimento. Além disso, estima-se que um terço dos consumidores desejam ir menos às lojas. Dessa forma, espera-se que o comportamento do cliente se modifique por conta da adoção de novos hábitos.
Na avaliação de Roberto Butragueño Revega, diretor de varejo da NielsenIQ Brasil, o consumidor mudou, assim como o varejo brasileiro, com rapidez e dinamicidade. "Estamos em um momento muito desafiador. Um estudo global da NielsenIQ mostra que grande parte da população foi impactada economicamente, ou seja, 63% dos lares do mundo estão fazendo mudanças para adaptar seus orçamentos. Só que no Brasil, a parcela de pessoas com queda no poder aquisitivo é muito maior, principalmente devido à inflação", destaca em entrevista para a SuperHiper, publicação oficial do setor supermercadista, produzida pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Na mesma data em que foi apresentado o Ranking ABAD, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC). O levantamento demonstra que o volume de vendas do comércio varejista cresceu 1% em março, quando comparado a fevereiro. Com o percentual, o país atingiu o terceiro mês consecutivo de alta para o segmento. Em relação a março de 2021, a alta registrada foi de 4% no volume de vendas do comércio varejista.
Cristiano Santos, gerente da pesquisa, pondera que essa manutenção é um ponto interessante, visto que não ocorria entre maio e outubro de 2020, quando houve a recuperação inicial do comércio após o auge da pandemia. "A trajetória vinha sendo claudicante, irregular. Esses três meses de alta significam um trimestre forte, embora os crescimentos não sejam homogêneos entre todas as atividades", explica.
Aproveitando o panorama positivo para o setor, o Grupo Pereira reinaugurou, em abril deste ano, a unidade do supermercado Comper, em Sobradinho. Com a mudança, a rede passa a oferecer aos consumidores o primeiro modelo de hiper center na região. A loja disponibiliza ao público um mix de produtos e serviços focados na experiência do cliente. As obras foram iniciadas em janeiro e receberam um investimento de R$ 28 milhões, com a geração de 90 novos empregos diretos na cidade. A partir da revitalização, a unidade conta com 238 colaboradores que integram o time.
"Escolhemos Sobradinho para implantar esta modalidade de supermercado, por ser uma das regiões administrativas que mais cresce em Brasília, detentora de um patrimônio cultural marcante e alto potencial de desenvolvimento", comenta José Leandro, diretor de operações da rede Comper. A rede de supermercados e hipermercados, que faz parte do Grupo Pereira, foi fundada em 1972. Atualmente, tem 28 lojas no Brasil, distribuídas por Goiás, Distrito Federal, Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Entre as novidades da loja estão a floricultura e a adega climatizada com vinhos importados e nacionais. O espaço conta com o Wine Station, onde o cliente pode degustar os rótulos antes de escolher qual levará para casa. No ambiente, o Comper oferece um espaço para refeições com o restaurante Trudy's, o fast food Burger King e a padaria com pães, salgados, tortas e opções prontas para o consumo.
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