Enquanto governa, faz pré-campanha e reúne aliados, o governador Ibaneis Rocha (MDB) precisa decidir quem será seu vice, ou sua vice. O cargo é um dos mais cobiçados entre todos do processo eleitoral. Motivo: quem for escolhido pode ser governador ou governadora em 2026, se Ibaneis, reeleito, decidir prosseguir na política. E o vice ou a vice chega nas próximas eleições como um nome natural do grupo político de Ibaneis para disputar a sucessão. E já deu para perceber que quatro anos voam. Com um detalhe: a perspectiva de poder. Quem pode vir a ser poderoso ganha prestígio antecipadamente. Veja quem são os prováveis integrantes da chapa:
Paco Britto
O atual vice-governador conquistou a confiança de Ibaneis Rocha nos quase três anos e meio de dobradinha. É discreto na medida certa, leal e não busca fazer sombra para o 01 do DF. A permanência de Paco atende a outros projetos políticos porque ele, pelo menos atualmente, não tem pretensões de concorrer ao governo.
Flávia Arruda
A deputada federal tem sido apontada como um nome forte para disputa majoritária. Ela quer concorrer ao Senado e este é o cenário mais provável. Mas o nome de Flávia aparece como potencial vice dentro do projeto de sucessão do grupo político que está no poder.
Celina Leão
A presidente regional do PP, partido importante da base dos governos Ibaneis e Bolsonaro, Celina construiu uma nominata para deputados federais que pode dificultar a própria reeleição. Ela diz que vai tentar um novo mandato de deputada federal, mas seu nome é apontado como possível vice.
Paulo Octávio e Anna Christina
O presidente regional do PSD foi lançado pelo comando nacional como pré-candidato ao Senado. Ele tem dito que essa é a sua pretensão. Mas uma arrumação das forças em torno de Ibaneis pode levá-lo para a vice. A esposa do empresário, Anna Christina Kubitscheck, também é apontada como um nome possível na chapa, já que em 2018 ela foi convidada para o cargo e declinou.
O caso Alckmin
Embora exista uma dúvida sobre a possibilidade legal de Paco Britto concorrer ao Buriti em 2026, caso a chapa atual seja reeleita, a resposta é sim. Especialistas em direito eleitoral lembram o caso de Geraldo Alckmin que era vice-governador de Mário Covas e os dois se reelegeram em 1998. No mandato seguinte, Covas morreu e Alckmin o sucedeu em 2001. Na eleição seguinte, 2002, ele foi candidato ao governo de São Paulo e exerceu mais quatro anos de mandato.
Cara de
paisagem
O governador Ibaneis Rocha já disse que a decisão do vice ou da vice será tomada apenas no último minuto, ou seja, em agosto, no momento do registro da chapa. Segundo pessoas próximas, sempre que o assunto é abordado, Ibaneis faz cara de paisagem.
Votos ou cifrões
Ganha espaço nessa disputa pela vice-governadoria quem tem votos ou condições de agregar estrutura na chapa. O mesmo critério vale para as suplências.
Amigas na fé
A maior força da ex-ministra Damares Alves (Republicanos) é a amizade com a primeira-dama Michelle Bolsonaro. As duas estão juntas em visita à Terra Santa. Neste sábado, a pré-candidata ao Senado postou nas redes sociais um vídeo em que aparece cantando e rezando no Monte das Bem-Aventuranças, onde Jesus proferiu o sermão da montanha, no Norte de Israel.
Embate
no PT para
o Senado
Depois da definição da direção nacional do PT sobre o nome de Leandro Grass (PV) como cabeça de chapa da federação PT-PV-PCdoB no DF, surge uma disputa no PT para o Senado. O ex-deputado Geraldo Magela acatou a deliberação da cúpula e se colocou como pré-candidato, mas a Secretaria de Mulheres do PT-DF reivindica a vaga para uma petista.
Rosilene para o Senado
A secretária de Mulheres do PT-DF, Andreza Xavier, diz que o grupo feminino do partido não desistiu da indicação de Rosilene Corrêa como pré-candidata ao Palácio do Buriti e tem ainda outra reivindicação: o lançamento de uma candidatura feminina ao Senado como estratégia eleitoral para se contrapor a nomes da direita, como Flavia Arruda (PL), Damares Alves (Republicanos) e Paula Belmonte (Cidadania). E, claro, o nome para o Senado é o de Rosilene Corrêa.
Uma vice para Leandro
O deputado Leandro Grass (PV) procura uma vice. Quer uma mulher para puxar votos femininos. Rosilene Corrêa disse à coluna que não tem intenção de ser vice na chapa. Logo, a discussão está aberta.
De escritório novo
Depois de uma temporada de três anos em Londres, ao lado do marido, o diretor- executivo da Polícia Federal, Sandro Avelar, a advogada Giselle Dorneles voltou com tudo para a atividade. Ela montou novo escritório em sociedade com Mabel Resende, Lisa Marini e Karin Popov. Ex-conselheiras da OAB-DF. Todas com diferentes áreas de atuação.
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