CARROS-FORTES

PF desmonta quadrilha

Agentes cumpriram seis mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais. Dois dos principais alvos da investigação estavam entre os mortos na ação policial que combateu assaltantes na cidade de Varginha, em 2021

Thaís Moura
postado em 18/05/2022 00:01
 (crédito: Divulgação/Polícia Federal)
(crédito: Divulgação/Polícia Federal)

Em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (GAECO/MPDFT), a Polícia Federal (PF) cumpriu, ontem, seis mandados de busca e apreensão no DF, em Goiás e em Minas Gerais. A ação faz parte da operação Restos da Maldade, que tem como objetivo combater uma quadrilha suspeita de lavar o dinheiro obtido em assaltos contra carros-fortes. Os roubos eram praticados em várias partes do país.

Os investigadores descobriram que os suspeitos compravam casas de luxo, abriam empresas de fachada e faziam viagens caras para resorts com o dinheiro dos assaltos. O intuito era ocultar o alto patrimônio resultante dos violentos assaltos pelo país. A prática configura lavagem de dinheiro, crime que pode resultar em 3 a 10 anos de prisão e pagamento de multa.

Os mandados foram cumpridos com intuito de obter mais provas dos crimes cometidos pela suposta quadrilha. Em nota, a PF informou que dois dos principais alvos da investigação estavam entre os 26 mortos na operação policial que combateu uma organização de roubos a bancos na cidade de Varginha (MG), em outubro de 2021.

Drogas no aeroporto

Desde o início do mês, a PF tem realizado, em parceria com a Receita Federal, diversas operações no Aeroporto Internacional de Brasília. Só na última semana, foram apreendidos 101,56kg de cocaína no terminal. Em uma das ações, no último sábado, quatro mulheres e um homem com destino a João Pessoa (PB) foram presos após serem flagrados com 57kg de cocaína escondidos em quatro malas. Na sexta, um peruano foi preso depois que os agentes da Receita o flagraram com 13,7kg da chamada "cocaína preta", droga rara originada da combinação entre a pasta-base e outras resinas que disfarçam o odor e a aparência da substância.

Apenas em 2022, até 15 de maio, a Receita Federal apreendeu mais de 200kg de drogas em voos internacionais, voos domésticos e nos Correios do aeroporto. O entorpecente mais apreendido foi a cocaína, com mais de 138kg interceptados pelos agentes aduaneiros. No mesmo período em 2021, o volume foi de 23,63kg, e em todo o ano passado, foram apreendidos 68,86kg da droga e 15,29kg de substâncias utilizadas na sua produção. Os dados demonstram um significativo crescimento no volume interceptado.

As apreensões de metanfetamina também aumentaram na comparação de 2021 com 2022. No ano passado, de janeiro a 15 de maio, foram apreendidos 0,05kg da droga, e em todo 2021, apenas 3,243kg. Já neste ano, até o último domingo (15), os agentes interceptaram 12,1kg da substância. Além destes entorpecentes, foram apreendidos, no período, 54,35kg de Skunk, 100g de Haxixe, 1,6kg de Ecstasy, 30 frascos de Cetamina, 319 unidades de Anabolizantes e 25 frascos de Botox.

De acordo com a Receita Federal, apesar de serem interceptadas em Brasília, as drogas têm origem em diversos estados do país. "A cocaína e o skunk apreendidos, em sua quase totalidade, chegaram a Brasília em voos domésticos provenientes de estados da região norte do país e que fazem fronteira com países produtores deste tipo de droga. A metanfetamina foi apreendida nos Correios e, principalmente, em voo oriundo do México, na bagagem de um cidadão americano", explicou o órgão.

Para a realização das apreensões no Aeroporto, os servidores da Receita contam com apoio de equipamentos de raios-x, espectrômetro de massa, narcotestes, sistemas de vigilância eletrônica, e com dois cães farejadores, Bruce e Roxy. Já a PF auxilia na localização, identificação e condução dos viajantes até o local onde a mala será aberta, e se for preciso, os policiais conduzem os suspeitos à prisão e autuação na Superintendência do órgão em Brasília. 

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