Investigação /

Queimada e deixada em vala

Uma mulher foi assassinada e encontrada em uma área de mato, em Taguatinga. A vítima também apresentava dois ferimentos de tiros na cabeça. O crime é tratado, a princípio, como feminicídio

Arthur de Souza Júlia Eleutério
postado em 19/05/2022 00:01
Polícia Civil divulgou imagem das tatuagens para ajudar na identificação da vítima. -  (crédito: Divulgação/PCDF)
Polícia Civil divulgou imagem das tatuagens para ajudar na identificação da vítima. - (crédito: Divulgação/PCDF)

O corpo de uma mulher foi encontrado parcialmente carbonizada em um região de mata na BR-070, próximo à Escola Técnica e à Chácara Goiás, em Taguatinga, na manhã de ontem. Moradores afirmaram que uma pessoa que estava passeando com um cachorro localizou a vítima, por volta das 7h30, após o animal alertar para a presença de algo.

A mulher assassinada vestia short e camiseta, e usava um relógio e algo semelhante a um colar. O corpo estava em uma vala. "Eu não vi nenhum fogo. É estranho que, com esse tempo seco, terem colocado fogo no corpo e não ter incendiado o mato", comentou uma moradora, que não quis se identificar.

Peritos do Instituto de Criminalística e do Instituto de Medicina Legal (IML) estiveram na região colhendo provas e recolhendo o corpo. A 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga) apura o caso, que, a princípio, é tratado como feminicídio. O delegado-chefe da unidade, Mauro Aguiar, disse ao Correio que a tipificação será definida após a identificação da vítima e análise das linhas de investigação. "Não houve roubo aparente e os sinais de violência são graves. Ela tinha lesões contusas na testa, na região do crânio e dois ferimentos de bala por disparo de arma de fogo na cabeça", descreveu Mauro Aguiar.

O delegado destacou que tatuagens podem auxiliar a descobrir quem era a vítima. "O trabalho de identificação dela vai ser difícil, porque o fogo destruiu parte do corpo. Pode ser que isso (as tatuagens) ajude a gente a identificar mais rápido", ponderou. A polícia divulgou a imagem das tatuagens. Caso alguém reconheça, a corporação pede para ligar no 197.

Segundo ele, a pessoa que a matou possivelmente colocou fogo no corpo para dificultar ao máximo a identificação. "A nossa equipe vai acompanhar passo a passo nas próximas 24 horas da criminalística, tentando identificá-la", finalizou Mauro.

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