Risco

Problema estrutural em prédio de Águas Claras divide moradores e lojistas

Equipe da Defesa Civil esteve no shopping DF Plaza, nesta quinta-feira (26/5), e constatou que não há risco iminente de colapso da estrutura. Moradores e lojistas dividem opiniões

Pedro Marra
Carlos Silva*
postado em 26/05/2022 16:44 / atualizado em 26/05/2022 16:44
 (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
(crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

Após agentes da Defesa Civil do Distrito Federal (DCDF) constatarem problemas na estrutura do prédio residencial e comercial DF Plaza, em Águas Claras, na manhã desta quinta-feira (26/5), moradores e lojistas do edifício ficaram com opiniões divididas sobre a situação. 

 

Na quarta-feira (25/5), os moradores tiveram que deixar o prédio depois que trincas foram constatadas em pilares da torre D da garagem. A maioria dos lojistas do shopping DF Plaza, no entanto,  se manteve tranquila após comunicado que informou a continuidade das atividades normais no local.

A engenheira Ray Milhomem, 28 anos, inaugurou uma agência de publicidade no shopping há 15 dias e manteve a tranquilidade diante da situação. "O suporte de engenharia e arquitetura daqui é muito profissional, então acredito que está tudo certo”, avalia.

O problema também pegou algumas pessoas de surpresa, caso do lojista Álvaro de Sousa, 20, que trabalha no shopping há cerca de seis meses e só soube do ocorrido na manhã desta quinta-feira (26/5). Ele acredita que o ocorrido não é grave porque, se fosse, os agentes teriam que avisar os lojistas de um fechamento do shopping ou algo parecido. "A presença da Defesa Civil também me deixou mais tranquilo, já que é um órgão especializado nesse tipo de assunto”, garante.

 

O tenente-coronel da Defesa Civil Gabriel Mota, coordenador de operações da instituição, esteve no local e esclareceu a situação, que, segundo ele, é pontual. A equipe foi acionada por volta das 20h de quarta-feira (25/5) e esteve no DF Plaza com a equipe inteira do setor.

"Fizemos avaliação e vislumbramos a situação de um pilar específico que está com suspeita de esmagamento, que é uma situação grave e de tratamento emergencial, mas que não causa transtorno para a edificação e solidez da edificação", explica Gabriel. Em seguida, Gabriel cravou que não há risco de colapso iminente da estrutura.

Alguns moradores assustados, outros nem tanto

A bancária Rebeca Nóbrega, 41 anos, mora no prédio há cerca de dois anos e conta que a situação não é tão grave assim. “Não senti nada. Estou direto aqui no prédio. Todos estão alardeados, mas estou tranquila. Nos grupos, vi pessoas apavoradas mesmo e cruzei com algumas pessoas que ficaram assustadas, mas acho que é algo normal. O condomínio informou que está tudo sendo cuidado”, afirma.

Em nota, a administração do prédio informou que, além de ter contatado a Defesa Civil, acionou um time de engenheiros para avaliar a situação e tomar medidas preventivas. Aos moradores foi dada a opção de ficar no prédio, serem ressarcidos ou ir para hotéis.

Os reparos têm previsão de ocorrer ao longo dos próximos 30 dias. A Defesa Civil também notificou a administração do prédio a tomar algumas medidas. Confira abaixo:

- Apresentar, em dois dias, o projeto do escoramento;
- Iniciar imediatamente o monitoramento da estrutura para controle de eventual
movimentação;
- Apresentar, em até cinco dias, um laudo técnico circunstanciado das causas dos problemas e
das soluções a serem implementadas em relação a segurança e a estabilidade estrutural da
edificação;
- Apresentar, em até dez dias, o cronograma de execução das obras e a caderneta diária de
monitoramento da movimentação da estrutura;
- Proceder, em até vinte dias, à recuperação necessária dos pilares;
- Informar, em até dois dias, a relação dos moradores e apartamentos que precisaram ser
realocados, bem como o local de destino;
- Informar se haverá riscos às Torres C e E, ou a outras estruturas vizinhas, quando da
execução da obra;

 

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