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Ideias para o futuro da capital

Documento feito pelo Codese faz parte do relatório O DF que a gente quer, que será finalizado em julho e entregue aos candidatos a governador, em agosto. Ibaneis Rocha comemorou a queda no desemprego

Júlia Eleutério
postado em 02/06/2022 00:01
 (crédito: Renato Alves/Agência Brasília.)
(crédito: Renato Alves/Agência Brasília.)

Como parte do estudo O DF que a gente quer — Visão 2040, o Conselho de Desenvolvimento Econômico Sustentável e Estratégico do Distrito Federal (Codese) entregou o relatório Panorama de Desenvolvimento do DF — Maio 2022 ao Executivo local, ontem. O documento apresenta o diagnóstico da evolução da capital na última década para auxiliar na identificação dos desafios ao progresso de Brasília. No evento de divulgação do relatório, o governador Ibaneis Rocha (MDB) reuniu-se com a sociedade civil e celebrou a redução de 19,6% para 15,9% na taxa de desemprego na capital do país.

Ibaneis destacou a importância do estudo elaborado pelo conselho para nortear as decisões do governo. "É um trabalho bastante amplo, ele busca as raízes dentro de cada uma das regiões administrativas", comentou. Em julho, o Codese vai apresentar um novo estudo com o projeto técnico de desenvolvimento econômico sustentável para a capital.

O relatório final com indicativos até 2040 será entregue impresso, em agosto, a todos os candidatos a governador do DF nas eleições de outubro, para que eles se comprometam em executá-lo, conforme as necessidades da cidade. "Traz um horizonte mais amplo e bem diferente de um mandato de quatro anos, em que a gente tem, ali, as prioridades, as emergências, as dificuldades do dia a dia e esse olhar que o Codese traz sobre um projeto de 18 anos, uma amplitude muito grande", ressaltou Ibaneis Rocha.

O presidente do Codese, Leonardo Ávila, explicou que o diagnóstico é uma análise na qual se tem todas as unidades da federação comparadas com dados ligados à saúde, à educação, à moradia, ao transporte, à renda e à desigualdade social. O conselho foi criado em março de 2017, por meio da iniciativa da sociedade civil organizada, com o objetivo de participar ativamente do planejamento econômico sustentável de Brasília e do Entorno. "Todo esse trabalho é um panorama de dez anos, se evoluiu ou se piorou. A gente tem um indicador para que os governantes possam trabalhar os itens que nós estamos mal ou mais mal posicionados em relação a outros estados ou em relação a outras cidades comparativas", completou o presidente da entidade.

Na educação, o DF ocupa a segunda posição no ranking das unidades da federação em Índice de Desenvolvimento da Educação Básica — Ensino Fundamental I (Ideb). Em relação aos estados de comparação, a nota total do índice brasiliense em 2019, que inclui escolas públicas e privadas, foi a mesma de Minas Gerais, ficando abaixo apenas de São Paulo.

Em contrapartida, a taxa de crimes contra o patrimônio do DF está alta, com o DF em 25ª no ranking das federações mais seguras. O documento mostra que, em 2020, a capital apresentou um dos maiores índices de crimes contra o patrimônio do país, ficando abaixo de Amapá e Rondônia. Além disso, a taxa da capital do país é 6,8 vezes maior que a de Santa Catarina, o melhor colocado.

Para o futuro da capital do Brasil, Ávila espera que Brasília de 2040 seja uma metrópole verde, integrada, criativa e próspera. "Brasília é muito plural, nós temos oportunidade no Governo Federal, nas questões políticas não só do nosso governo, mas das embaixadas também. Muita questão ligada à ciência, à tecnologia, que é uma das vocações da nossa cidade, em biotecnologia, áreas de tecnologia de informática, de inovação. Todas essas áreas são bem propensas para a população", ponderou o presidente do Codese.

Trabalho

Segundo dados publicados na Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Codeplan e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos (Dieese), o DF registrou queda no número de pessoas sem ocupação que buscam emprego. A taxa caiu de 19,6% para 15,9%, entre abril de 2021 e o mesmo período de 2022. De acordo com a pesquisa, este ano, havia 262 mil desempregados, 20 mil a menos do que no mês do ano anterior.

Ibaneis Rocha avaliou que o bom resultado se deu graças à atuação do Executivo local com os setores produtivos. "Conseguimos descer da marca de 300 mil desempregados, que era histórica aqui. Estamos vivendo um período de aumento da quantidade de empregos na nossa cidade. Isso é a prova de que o nosso empresariado está pujante, está acreditando na cidade. Se os empresários não tiverem segurança jurídica para acreditar no desenvolvimento do DF, certamente eles não estariam empregando como estão fazendo", pontuou o governador.

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