Saúde

Primeira suspeita de varíola dos macacos no DF

De acordo com a Secretaria de Saúde, o paciente é do sexo masculino e tem entre 20 e 29 anos. Um caso de hepatite misteriosa também está sendo investigado

Arthur de Souza
postado em 22/06/2022 00:01
Secretaria de Saúde monitora suspeita de caso no Distrito Federal e aguarda resultado de exame -  (crédito: CDC)
Secretaria de Saúde monitora suspeita de caso no Distrito Federal e aguarda resultado de exame - (crédito: CDC)

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) está investigando o primeiro caso suspeito de varíola dos macacos (monkeypox) na capital do país. A informação foi dada pelo órgão, por meio de nota, na tarde de ontem. De acordo com a pasta, também está sendo investigado um caso de hepatite de "etiologia desconhecida". De acordo com a SES-DF, trata-se de uma criança, entre 5 e 9 anos. "(Ela) está em bom estado de saúde e realizando acompanhamento ambulatorial", destacou a nota.

Em relação ao caso suspeito de varíola dos macacos, o órgão de saúde do DF disse que o paciente é do sexo masculino e tem entre 20 e 29 anos. O Correio apurou que o jovem está em casa e se encontra bem. A nota divulgada pela SES-DF informou que os casos foram notificados para o Ministério da Saúde.

DF preparado

Ainda segundo o texto, a rede de saúde da capital está preparada para lidar com a monkeypox. "Assim que os primeiros casos foram registrados no Brasil, o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) do DF emitiu um alerta epidemiológico às unidades de atenção primária e hospitalares das redes pública e privada", frisou. A Secretaria encerrou o texto ressaltando que "segue atenta e monitorando os casos, até que saiam os resultados laboratoriais". No entanto, a SES-DF não soube informar quando deve sair o resultado do exame feito no paciente com suspeita ter contraído a varíola dos macacos.

Transmissão e sintomas

De acordo com o Ministério da Saúde, a varíola dos macacos é uma zoonose viral — transmitida a partir de animais — e tem sintomas muito semelhantes aos da varíola comum, porém, menos grave do ponto de vista clínico. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o período de incubação da doença é, geralmente, de seis a 13 dias, podendo variar de cinco a 21 dias.

Ainda de acordo com a OMS, a transmissão acontece com o contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados pelo vírus. O órgão de saúde também destaca que a transmissão de humano para humano está ocorrendo por meio do contato físico próximo com casos sintomáticos. Além disso, a organização diferencia os quadros de sintomas em casos suspeitos, prováveis e confirmados (veja o quadro). O surto de varíola dos macacos já foi confirmado em 16 países e ainda pode ser controlado, segundo a OMS. O órgão de saúde garantiu, em 24 de maio deste ano, que o risco de transmissão da doença é considerado baixo.

 

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Quadros de sintomas

» Casos suspeitos: Qualquer pessoa que apresente bolhas na pele, de forma aguda e inexplicável, e esteja em um país onde a varíola dos macacos não é endêmica. Se o quadro for acompanhado por dor de cabeça, início de febre acima de 38,5°C, linfonodos (nódulos existentes no corpo) inchados, dores musculares e no corpo, dor nas costas e fraqueza profunda, é necessário fazer exame para confirmar ou descartar a doença.

» Casos prováveis: Incluem sintomas semelhantes aos dos casos suspeitos, como contato físico com pele ou lesões, sexual ou com materiais contaminados. Soma-se a isso, histórico de viagens para um país endêmico ou ter contato próximo com possíveis infectados e/ou ter resultado positivo para um teste sorológico que identifica o vírus orthopoxvirus (na ausência de vacinação contra varíola).

» Casos confirmados: Ocorrem quando há confirmação laboratorial para o vírus da varíola dos macacos por reação em cadeia da polimerase (PCR) em tempo real e/ou sequenciamento.

Fonte: OMS

Casos no Brasil

Confirmados:

5 (SP), 2 (RJ) e 2 (RS)

Suspeitos contabilizados: 

4 (RJ), 1 (AC), 2 (CE), 2 (RS) e 1 (SC)

* O caso suspeito no DF ainda não foi contabilizado pelo Ministério da Saúde 

Fonte: Ministério da Saúde

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