À QUEIMA-ROUPA

Correio Braziliense
postado em 22/06/2022 00:01

Por que você resolveu entrar na política?

Meu bisavô JK foi o homem que levou modernidade ao Brasil, após deslocar o eixo de desenvolvimento nacional do Sudeste para o Centro-Oeste, o que povoou uma região do País ainda inexplorada. E Brasília foi a meta-síntese desse grande projeto. Depois dele, minha avó Márcia foi deputada constituinte e vice-governadora do DF, mantendo a ética e a retidão moral de JK como seus princípios de vida. Paulo Octávio, meu pai, é um exemplo de atuação política, com um perfil agregador e conciliador como o de JK. E minha mãe é a guardiã da história de Brasília, à frente do Memorial JK. Junte-se a todo este DNA a minha vontade de ajudar o povo a progredir em um momento complexo da vida nacional. Foi por tudo isso que decidi me candidatar este ano. Afinal a política é a única forma de realizar uma transformação econômica e social eficaz em prol da nossa cidade e do nosso país.

Vai concorrer a qual cargo?

Tenho percorrido as cidades e colocado meu nome como pré-candidato a deputado federal. Acho que estou preparado para esse desafio.

Como você poderá ajudar o DF no Congresso?

Enxergo no Brasil e em Brasília dois grandes problemas: emprego e educação, que só serão resolvidos com uma ação integrada. Falta qualificação profissional e, como empresário, pude constatar isso de perto. É preciso investir na educação básica e na profissionalizante, permitindo que o jovem encerre seu ciclo nos bancos escolares com uma formação que o permita, depois, escolher se vai se aperfeiçoar ou vai optar por uma carreira superior. Esse será o foco principal de minha atuação, caso seja confirmado na convenção do partido e posteriormente seja eleito. Junto a isso, também trabalharei as pautas do turismo e do esporte, por enxergar nelas alternativas importantes de trabalho e de lazer, o que permitirá melhores escolhas à juventude.

Na sua opinião, como um líder como JK poderia ajudar o país neste momento?

Ele foi um marco da verdadeira democracia. Mesmo enfrentando a oposição de todos, dos estudantes ao clero, passando pelos partidos contrários à sua proposta desenvolvimentista, ele soube ouvir, negociar, conciliar e reconciliar o País. Sufocou revoltas sem disparar um tiro, apenas negociando. Deu espaço a seus opositores, não apenas para a discussão, mas especialmente para a fiscalização de Brasília. Não polarizou. Uniu.

Seu bisavô, Juscelino Kubitschek,
foi perseguido pela ditadura militar. Acha que aqueles anos de chumbo podem se repetir?

As marcas da perseguição a JK estão em minha família, especialmente em minha mãe, que era uma criança e assistiu a tudo. Não creio que aquela época volte, mas precisamos estar atentos, especialmente ao equilíbrio entre os três poderes, que é fundamental. A democracia precisa ser cuidada e respeitada. Qualquer ameaça a ela e ao estado democrático de direito deve ser repelida.

Você prefere Lula, Bolsonaro ou outro candidato?

Como o PSD não terá candidato próprio, tenho liberdade para pensar o meu voto, estou aguardando o quadro real de postulantes à Presidência da República.

Qual é o seu projeto para o futuro?

Primeiro, conseguir vaga na nominata para deputado federal pelo PSD. Depois, ser eleito e exercer um mandato fiel às minhas crenças e valores, como honestidade, probidade e trabalho pelo Brasil. Aí, futuramente, quando estiver mais maduro, quem sabe alçar outros voos políticos, se assim entender o eleitorado brasiliense.

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