Crime

Grupo que aplicava fraude no mercado financeiro é alvo de operação

Estima-se que os criminosos fizeram ao menos 300 vítimas no Distrito Federal e no estado do Piauí, movimentando mais de R$ 12 milhões

Um grupo criminoso que aplicava golpes financeiros em Brasília e no Piauí foi alvo, na manhã desta terça-feira (14/6), de uma operação da Polícia Federal. Ao todo, foram cumpridos oito mandados judiciais na capital federal, em Formosa (GO) e em Cuiabá (MT). A polícia estima que ao menos 300 pessoas foram vítimas da quadrilha que captou mais de R$ 12 milhões.

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Chamada de Operação Alavancada, a ação teve como objetivo desarticular a quadrilha envolvida na prática de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e de pirâmide financeira em diversas cidades do Piauí e na capital. Segundo a PF, os criminosos se apresentavam como “traders”, para captar as economias de investidores, utilizando o pretexto de aplicar os recursos no mercado de valores mobiliários.

Dos oito mandados expedidos, um era de prisão preventiva e dois de prisão temporária. Os demais eram mandados de busca e apreensão. Cerca de 15 policiais federais foram mobilizados para cumprir os mandados nas três cidades do Centro-Oeste.

Esquema descoberto

As investigações da PF mostraram que o grupo captava recursos das vítimas com promessas de ganhos mensais de até 20% sobre o capital investido, para supostamente serem aplicados no Mercado Financeiro através de uma empresa não autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a realizar investimentos no mercado.

Iniciada no começo deste ano, as investigações apuraram até o momento que a organização criminosa desviou mais de R$ 12 milhões, com mais de 300 vítimas nas cidades de Brasília, Floriano (PI), Elizeu Martins (PI), Corrente (PI) e Teresina (PI).

Além disso, as apurações policiais apontaram que os valores disponibilizados pelas vítimas para os criminosos variavam de R$ 5 mil a R$ 430 mil, depositados diretamente nas contas pessoais dos investigados.

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Os envolvidos no esquema de fraude devem responder por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, Crime contra a Economia Popular, Associação Criminosa e Lavagem de Dinheiro. A operação contou com o apoio do Ministério Público Federal (MPF), Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e das Polícias Civis Estaduais das cidades de Floriano e do Distrito Federal.

O nome da operação foi escolhido em referência à forma de atuação que permite ao investidor do Mercado Financeiro negociar volumes financeiros bem superiores ao que ele possui quando identifica uma grande oportunidade no mercado. Com uma pequena quantia em dinheiro, é possível ampliar os ganhos de um investimento, assim como as perdas também podem ser significativamente maiores.