Violência /

Roubo a banco sob encomenda

Informações obtidas pelo Correio revelam que, um dos envolvidos, confessou à polícia que o crime teria sido ordenado por presidiários do Mato Grosso (MT), integrantes do Comando Vermelho (CV) — facção formada no Rio de Janeiro

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga a participação de mais suspeitos no roubo de agência bancária do Paranoá, ocorrido na madrugada da última segunda-feira. Seis pessoas foram presas e um adolescente, de 17 anos, apreendido. Informações repassadas ao Correio revelam que um dos envolvidos confessou à polícia que o crime teria sido encomendado por presidiários do Mato Grosso (MT), integrantes do Comando Vermelho (CV) — facção oriunda do Rio de Janeiro.

Até o momento, foram identificados como participantes do crime: Alan Vitor Danelichen, 19, Kelvin Jordan Costa, 22, Vitor Matheus Ferreira, 25, Cristiano do Amaral, 27, Jackson Ferreira da Conceição, 31, e Alyce Soares Rodrigues. Nos depoimentos colhidos pelos investigadores, alguns dos suspeitos disseram ter sido convencidos pelo adolescente a cometer o furto e receberam R$ 2 mil como pagamento.

Um dos presos, Alan Vitor, é do Mato Grosso e teria chegado ao DF há cerca de um mês. Na madrugada do crime, o jovem foi à agência bancária por volta das 2h. Ele deu detalhes da ação criminosa e revelou que usaram duas lixadeiras para conseguir arrombar a grade do telhado do banco. Os criminosos foram em direção a um dos cofres da agência, quando avistaram algumas viaturas da Polícia Militar (PMDF). De acordo com a corporação, os PMs receberam um chamado de furto ao banco e, ao chegarem no local, notaram que um dos vidros estava quebrado e a grade cortada.

Ao perceberem a presença dos militares, os criminosos tentaram se esconder no telhado do prédio, mas acabaram sendo vistos e atiraram contra os agentes da PMDF. Alan, Vitor e Kelvin foram presos em flagrante. Do lado de fora, em um Gol preto, outras quatro pessoas também foram detidas por suspeita de participação.

Foragidos

A PCDF estima que, ao menos, 15 pessoas tenham envolvimento no crime. O delegado Ricardo Viana, chefe da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), afirmou que investiga a participação de cada um dos suspeitos. "Há indícios de participação de mais pessoas. Quantas eram, não conseguimos determinar. As investigações continuam", frisa.

Estima-se que os foragidos tenham conseguido levar R$ 100 mil da agência. A polícia também apreendeu celulares, marreta, dois coletes balísticos, além de outros apetrechos, como alicates, lixas, tesoura e parafusadeira. Os sete presos foram liberados em audiência de custódia realizada terça-feira.