mistério /

Médica é encontrada morta

A suspeita é que Jayda Bento de Souza, de 26 anos, tenha tomado medicação para se manter acordada durante o plantão num hospital em Pirenópolis (GO). Ao lado do corpo, testemunhas encontraram uma seringa e uma substância não identificada

Darcianne Diogo Renata Nagashima
postado em 01/07/2022 00:01
 (crédito: Redes sociais)
(crédito: Redes sociais)

Uma médica foi encontrada morta dentro do banheiro de um alojamento do Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime, em Pirenópolis, município goiano a 150km de Brasília, e o caso é investigado pela Polícia Civil do Estado de Goiás. No sábado, Jayda Bento de Souza, 26 anos, deveria assumir o plantão na unidade, mas desapareceu, o que causou estranheza nos amigos.

"O pessoal sabia que ela estava no hospital, então os amigos decidiram procurá-la. Foram até o alojamento, escutaram um som de água caindo e, quando arrombaram a porta, encontraram o corpo dela", disse o delegado à frente do caso, Tibério Martins, ao Correio. Ao procurá-la, os colegas encontram Jayda já sem vida.

Ao lado do corpo da médica, as testemunhas encontraram uma seringa e uma substância ainda não identificada. A perícia da polícia foi acionada e, a partir do laudo, será possível identificar qual é o composto da substância e o que ela pode ocasionar. "Vamos apurar para saber se ela (médica) tomava medicação para ficar acordada. A partir da semana que vem, vamos começar a colher depoimentos de outros médicos para saber se há, por exemplo, hábitos de tomarem algum tipo de medicação", frisou o delegado.

De acordo com o investigador, a principal suspeita é de morte acidental. "Nesse laudo saberemos se a substância pode causar a morte se ministrada em excesso, ou se pode provocar morte caso haja outras substâncias pelo corpo. Se isso se confirmar, estaremos diante de fortes elementos de uma morte acidental, pois inicialmente o caso vinha sendo apurado com maior destaque para linha de investigação de suicídio", completou Tibério.

Morte precoce

Por meio de nota, a Fundação Universitária Evangélica (Funev), gestora do Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime, lamentou a morte precoce de Jayda. "Rogamos a Deus que conforte todos os familiares e amigos. Destacamos ainda que todas as informações foram repassadas às autoridades competentes pela investigação do caso."

O hospital também se manifestou afirmando que a médica cumpria o segundo plantão na unidade desde que foi contratada para a função de médica plantonista em clínica médica. "Não procede a informação de que ela estaria sob carga excessiva de trabalho na unidade. Assim que o óbito foi constatado, a direção do Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime comunicou imediatamente o fato às autoridades policiais e ao IML, que, desde então, passaram a investigar o ocorrido. Demais informações sobre as circunstâncias que envolvem o ocorrido deverão ser obtidas junto às autoridades policiais competentes, uma vez que o caso está sob investigação", finalizou.

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