O governador Ibaneis Rocha (MDB) vai reunir presidentes de partidos em almoço, hoje, em casa. É uma conversa para saber com quem poderá contar na campanha à reeleição. Ibaneis tem apoio nacional para lançar a chapa com a deputada federal Celina Leão (PP-DF) como vice e com a ex-ministra da Família, Mulher e Direitos Humanos Damares Alves (Republicanos) na disputa ao Senado. Ele costurou o acordo com o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, que comanda o PP, e com o presidente do Republicanos, Marcos Pereira.
Base rachada
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) trabalhou em um grande acordo para unir José Roberto Arruda e Ibaneis Rocha. Tentava construir uma candidatura de Damares Alves à Câmara dos Deputados, o que abriria espaço para Flávia Arruda (PL) surfar sozinha na base bolsonarista na corrida ao Senado. Mas, aí, veio a decisão do presidente do STJ, Humberto Martins, que deu a elegibilidade a Arruda. O grupo rachou.
Livre, leve e solta
Antes de confirmar a possível aliança com a deputada Celina Leão (PP-DF), Ibaneis Rocha comemorou uma decisão que viabilizou a união. O presidente do STJ, Humberto Martins, anulou a Operação Drácon, que mantinha Celina sob suspeita de articulações para destinação de uma emenda parlamentar para empresa de UTI quando foi presidente da Câmara Legislativa. Agora, Celina está livre, leve e solta.
Forças ocultas nas
eleições de 2022
O senador José Antônio Reguffe fez, ontem, uma declaração pública forte pelas redes sociais: "Forças ocultas estão agindo no meu partido para inviabilizar a minha candidatura a governador". Pareceu um pouco o discurso de Jofran Frejat, nas eleições de 2018, quando o ex-secretário de Saúde pegou todo mundo de surpresa, até aliados próximos, ao desistir de uma candidatura com chance de vitória. No caso de Reguffe, segundo a mensagem, o partido é que está deixando dúvidas.
Partido cobiçado
E quem são as forças ocultas? Reguffe não quis dar nenhum detalhe além da postagem publicada ontem. Ele disse: "Tramam para que eu seja candidato a deputado. Não serei! Prefiro sair da política. Acho e acredito que não acontecerá, mas, se acontecer, saio da política de mãos limpas e de cabeça erguida, assim como entrei". Segundo quem acompanha as conversas, o União Brasil — pela força que detém como o maior partido e dono da maior bolada do Fundo Eleitoral — tem sido cortejado pelos pré-candidatos ao governo. A direção da legenda conversa com José Roberto Arruda (PL) e foi procurada por interlocutores do governador Ibaneis Rocha (MDB).
Silêncio
A crise na candidatura do União Brasil ao GDF acabaria se algum dirigente local ou nacional dissesse uma frase simples: "Reguffe é o nosso candidato ao governo do DF até o fim". Mas, ontem, não surgiu nenhuma manifestação pública nesse sentido. Integrantes do partido disseram à coluna que cabe a Reguffe esclarecer essa questão.
Relações políticas
É certo que o União Brasil tem relações com diversos políticos. O partido nasceu de uma fusão do PSL com o DEM, que, no DF, abrigou José Roberto Arruda, Paulo Octávio e Alberto Fraga. O presidente regional do União Brasil, Manoel Arruda, tem uma relação próxima com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.
Cotado
como vice
O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) é um dos nomes cotados para ocupar a vaga de vice na possível chapa de José Roberto Arruda (PL). Se o projeto for bem-sucedido, quem pode lucrar é o advogado Felipe Belmonte (PSC), suplente de Izalci.
Projeto é chapa majoritária
Paula Belmonte (Cidadania) quer ser candidata a algum cargo majoritário. Se não entrar na disputa ao Senado, quer concorrer ao governo. Mas esse plano depende de uma vitória no embate com Izalci, na disputa entre Cidadania e PSDB. Está cada vez mais distante.
Poder
O presidente nacional da federação PSDB-Cidadania, Bruno Araújo, disse a várias pessoas que Izalci Lucas terá o poder para definir os rumos dos partidos no DF.
Grass é oficial
A federação PT-PV-PCdoB fez questão de mostrar quem são os candidatos oficiais do Lula. Enquanto os pré-candidatos do PSB, Rafael Parente, e da federação PSol-Rede, Keka Bagno, discursaram no ato da noite de ontem, as imagens do telão eram de Lula, Leandro Grass (PV) e Rosilene Corrêa (PT). Mas Parente e Keka puderam apresentar suas bandeiras.
Lista para Bolsonaro no
Tribunal de Justiça do DF
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) definiu ontem a lista tríplice para a vaga de desembargador do quinto constitucional do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Os escolhidos são o procurador de Justiça José Firmo Reis Soub, que teve 26 votos; o procurador de Justiça André Vinícius de Almeida, com 24 votos; e o procurador de Justiça Maurício Miranda, com 22 votos. A lista, agora, será submetida ao presidente Jair Bolsonaro para escolha de quem ocupará a vaga aberta com a aposentadoria do desembargador Humberto Adjuto Ulhôa.
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