A Capela 10 do Campo da Esperança da Asa Sul estava repleta de amigos, principalmente barreirenses, ontem, para o velório do contador Valmir Rodrigues de Souza, de 83 anos, que morreu domingo, às 22h15, no Hospital Santa Lúcia, na Asa Norte, onde estava internado desde 30 de junho — devido à complicações provocadas pela dengue, que afetou órgãos vitais. Antes do sepultamento, às 17h, o capelão Roberto Max Almeida oficiou a celebração no rito católico da encomendação do corpo. Fez parte também as preces Creio em Deus pai, Ave Maria e Pai Nosso.
Ex-presidente do Rotary Club de Taguatinga Norte e membro da Loja Maçônica União e Silêncio, Valmir foi, por mais de 30 anos, proprietário de um escritório de contabilidade, naquela cidade. Viúvo, deixou duas filhas, Cláudia e Marisa. "Amoroso, era superpresente em nossa vida. Ele vivia em função das filhas", conta Marisa, que morava com o pai na QSC 17. "Eu e Cláudia somos professoras, e ele se orgulhava muito por exercermos esse ofício", acrescenta.
Valmir era um pioneiro. "Ele chegou à capital em março de 1963. Inicialmente, morou na Avenida W3 Sul. Três anos depois, casou-se com minha mãe, Iraci, e foram morar em Taguatinga, cidade pela qual tinha grande afinidade. Tanto eu quanto Marisa somos taguatinguenses, nascidas no Hospital São Vicente de Paula", lembra Cláudia. "Mas a grande paixão do meu pai era Barreiras, onde se tornou muito conhecido como ponta-esquerda do Corintians, o time de futebol do qual foi um dos fundadores", destaca.
Companheiro de Valmir na fundação do Corintians e ex-zagueiro da equipe, José Domingos Cordeiro, o Zé Domingos, 84, falou sobre o amigo. "Guardo ótimas lembranças do Valmir do tempo em que jogávamos juntos. Ele era um ponta-esquerda de chute poderoso, que marcava muitos gols. Juntos comemoramos muitas vitórias, principalmente as que obtivemos contra o time de Barra do Rio Grande". Os dois se falavam com frequência por telefone.
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