Investigação /

Ladrão de Rolex de volta à cadeia

Leandro Aparecido dos Santos, 35 anos, foi preso novamente pela Polícia Civil do DF acusado de roubar relógios de luxo em áreas nobres da capital. Ele havia sido solto em audiência de custódia em 5 de julho

Darcianne Diogo
postado em 19/07/2022 00:01
 (crédito: PCDF/Divulgação)
(crédito: PCDF/Divulgação)

Pela segunda vez, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu um dos homens acusados de roubar relógios da marca Rolex em áreas nobres da capital. Leandro Aparecido dos Santos, 35 anos, chegou a ser detido em 5 de julho junto ao comparsa Lucas Azevedo Silva, 21, no âmbito da operação Big Trail, desencadeada pela 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), mas foi solto, à época, em audiência de custódia.

Morador de São Paulo, Leandro é apontado como um dos integrantes de uma quadrilha especializada em roubo de relógios de luxo em Taboão da Serra. Segundo as investigações, a dupla vinha ao DF frequentemente para cometer assaltos nas regiões do Lago Sul e da Asa Sul. Dos seis roubos identificados pela polícia, ao menos quatro foram cometidos pelos acusados, de acordo com a corporação.

Em 5 de julho, Leandro e Lucas foram presos na Área de Desenvolvimento Econômico (ADE) e na Candangolândia. Em audiência de custódia realizada no dia seguinte à prisão, o juiz considerou a gravidade dos fatos e fortes indícios de que o crime havia sido planejado, uma vez que os assaltantes vinham praticando uma série de delitos com o mesmo modus operandi desde maio no DF, além de pertencerem a uma associação criminosa especializada no roubo de relógios de luxo em Taboão da Serra (SP) — município paulista onde moram. "[...] tenho que as medidas cautelares diversas da prisão não são suficientes e adequadas para resguardar a ordem pública e impedir a reiteração na prática de crimes, fazendo-se necessária a custódia preventiva."

Apesar de ser favorável à prisão flagrante em preventiva, o juiz avaliou que o "entendimento dos Tribunais Superiores quanto à inadmissibilidade do decreto ex officio da prisão preventiva e a ausência de pedido nesse sentido pelo Ministério Público" sucedeu à concessão da liberdade provisória.

Após nova representação pela decretação da prisão preventiva do investigado pela PCDF, o juízo da 2° Vara Criminal de Brasília concordou com o pedido e decretou a segregação cautelar do acusado, que acabou sendo preso no domingo na cidade da Grande SP. A operação contou ainda com o apoio das equipes da Polícia Civil do Estado de São Paulo (PCSP). O homem será transferido ao sistema penitenciário do DF e ficará à disposição do Poder Judiciário.

 

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Mais de R$ 900 mil em golpes

Suspeito de aplicar golpes de quase R$ 900 mil ao usar dados de clientes de forma indevida para firmar contratos financeiros, um dos donos de uma empresa de móveis planejados no SIA, de 36 anos, teria enganado, ao menos, 11 pessoas no Distrito Federal. Ao Correio, uma das vítimas, a advogada Júlia Drumond, 27, relatou que o investigado contratou dois financiamentos somando mais de R$ 120 mil no nome dela. O empresário foi alvo de busca e apreensão ontem durante pela 10ª DP (Lago Sul).

Júlia conheceu a loja por indicação de um familiar. Moradora do Jardins Mangueiral, a mulher firmou um contrato na Omni para fazer dois cômodos com móveis planejados: a cozinha e o quarto da filha. O total ficou R$ 17 mil, pago por transferência via PIX.

Sem desconfiar, Júlia recebeu uma ligação do empresário após o término do serviço. No telefonema, o investigado disse que, pelo fato de os pagamentos terem sido em alto valor, o gerente bancário dele teria solicitado uma selfie e uma foto do documento pessoal de Júlia. "Ele marcou comigo, aqui, em casa e fez foto da minha CNH. Até me pergunto porque fui tão ingênua", lamenta.

Com as informações pessoais e a foto da vítima, o empresário enviou os dados a um aplicativo e fez uma solicitação de dois financiamentos em nome de Júlia. Um, no valor de R$ 55 mil; e outro, de R$ 78 mil. A advogada ficou com o nome sujo no Serasa e entrou com processo cível contra a empresa de financiamentos.

Com o cumprimento das ordens judiciais, os investigadores constataram que o empresário utilizou os recursos obtidos de maneira ilícita para construir uma casa de alto padrão em Sobradinho. Posteriormente, o imóvel foi vendido.

Ao Correio, o advogado do investigado, Eduardo Farias, afirmou que o empresário é inocente. "Ainda não tivemos acesso a todos os elementos informativos colhidos pela investigação, apenas à decisão que determinou o sequestro dos bens. Todavia, é possível adiantar que não havia necessidade de tal medida, e a constrição patrimonial não seguiu as regras do Código de Processo Penal, motivo que ensejará reação pelos meios jurídicos disponíveis", finalizou. (DD)

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