ENTREVISTA / Flávia arruda, deputada federal (PL)

"A política é a arte do diálogo"

Convidada do CB.Poder, a parlamentar afirmou que trabalhou para que Arruda e Ibaneis se unissem nas eleições de 2022, e não descarta a aliança com outros candidatos. "Desde o início trabalho na construção mais ampla de todos estarmos juntos", disse

Pablo Giovanni*
postado em 20/07/2022 00:01
 (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
(crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

"A política não é uma ciência exata, e desde o início eu trabalho com diálogo, na construção mais ampla de todos estarmos juntos (Ibaneis e Arruda), que é boa para a cidade. Acredito que esse seja o caminho, em prol do DF", afirmou a deputada federal Flávia Arruda (PL), ao CB.Poder — parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília — sobre a disputa eleitoral na capital do  país. À jornalista Denise Rothenburg, a parlamentar destacou a gratidão que tem pelo presidente Jair Bolsonaro.

Como foi sua atuação na construção da chapa que uniu Ibaneis e Arruda?

Bom, primeiro dizer que a política não é uma ciência exata, e nem nada definitivo. Temos até 30, 31 de julho que são as convenções, além de 5 de agosto que é a data final de definição. A política é a arte do diálogo, e estamos sempre dialogando.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que "goste ou não goste, ele (Arruda) é benquisto no Distrito Federal". Muita gente entendeu que a frase foi um apoio ao ex-governador Arruda. Como está a relação com o presidente?

Eu trabalhei e fui ministra no governo de Bolsonaro, e tenho um respeito e gratidão muito grande por ele, que também tem com a gente (Flávia e José Roberto Arruda) o mesmo sentimento. Ficamos muito satisfeitos com essa fala dele, com o apoio ao Arruda. Eles foram colegas quando eram deputados federais, e tivemos sempre uma ótima relação, com eu à frente do ministério, além das pautas fundamentais. Essas manifestações (de Bolsonaro), nos deixam muito satisfeitos. Como disse, a política não é uma ciência exata, e desde o início eu trabalho com diálogo, na construção mais ampla de todos estarmos juntos (Ibaneis e Arruda), que é boa para a cidade. Acredito que esse seja o caminho, em prol do DF.

Quais são os caminhos que você e o ex-governador Arruda descartam?

Eu acho que o único caminho que não existe para a gente é a esquerda. Porque somos de um partido liberal, que o presidente da República faz parte. (São bem-vindos) Todos os outros de centro; centro-direita; de direita, que podem compor e fazer um amplo entendimento para a população do Distrito Federal seja a maior beneficiada disso.

Reguffe é visto como um viés de centro esquerda, com muita gente o colocando assim. Você apoiaria a candidatura dele?

Eu acho que o senador Reguffe tem as pautas dele muito definidas, ele sempre é muito coerente nas coisas que acredita. Respeito muito ele, e acho legítimo ele querer ser candidato a qualquer cargo.

Mas não apoiaria? Uma vez que ele não é apoiador do presidente Jair Bolsonaro.

É verdade. Mas ele também não é adversário do presidente. O que a gente precisa dizer é que é fundamental a gente ter o apoio do presidente, mas é fundamental uma grande aliança para oferecermos o melhor para a população do Distrito Federal.

Muita gente diz que Reguffe pode desistir da candidatura, porque dizem que o ex-governador ajudou muito o atual senador lá atrás, e que seria uma espécie de gratidão. Você acredita nessa desistência?

Eu acho que são muitas ilações, são muitas possibilidades. Eles são amigos, construíram, caminharam e trabalharam juntos. Temos muito respeito por ele, assim pelo Izalci Lucas (PSDB), pela Leila Barros (PDT), e por todos aqueles que estão exercendo o mandato e que estão concorrendo a algum cargo. Eu continuo dizendo que o mais fundamental é que eu e Arruda temos um projeto nosso, né? Conjunto. Então estaremos no projeto construindo o que for melhor para a cidade.

*Estagiário sob a supervisão de José Carlos Vieira

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