Uma suposta rede de pedofilia no mundo digital entrou na mira da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) depois que um homem, de 34 anos, foi preso acusado de estuprar e extorquir uma adolescente de 12 anos. Segundo moradora da Comunidade Cobra Coral, na Asa Sul, a menina fugiu de casa com medo do agressor e era dada como desaparecida desde a noite de segunda-feira, mas foi encontrada na quarta-feira por investigadores da 1ª Delegacia de Polícia. Ontem, a Justiça do DF converteu em preventiva a prisão flagrante do suspeito.
Mais conhecido como "Gordo", o homem acabou preso em flagrante pelos policiais civis no apartamento onde mora com a mãe idosa, na 214 Sul. Os investigadores apreenderam um celular e um computador. O próximo passo das investigações será analisar os conteúdos e conversas presentes no aparelho do pedófilo. "O Instituto de Criminalística (IC) tem que extrair tudo para depois analisar. Numa verificação rápida, vimos que ele usava WhatsApp e Telegram. Mas a perícia dirá se vão ter outros aplicativos ocultos", afirmou o delegado Maurício Iacozzilli, adjunto da 1ª DP.
Para atrair a adolescente, o pedófilo se infiltrou no jogo on-line Pokémon-Go e se passou por adolescente. A vítima e o autor trocaram mensagens e a garota chegou a enviar conteúdos íntimos. Em 14 de julho, os dois marcaram um encontro no prédio onde ele mora. Lá, a menina percebeu tratar-se de um homem mais velho e, segundo as investigações, ela foi estuprada. "Ele começou a ameaçá-la, dizendo que, caso ela não fizesse o que ele queria, divulgaria as imagens e filmagens aos pais dela", disse o delegado.
Fuga
Em uma onda de terror psicológico, o pedófilo chantageou a menor e vendeu o número telefônico dela a outros pedófilos, que também exigiram fotos e vídeos sob ameaça. Em depoimento especial, a vítima contou que fugiu de casa por medo. Na noite de quarta-feira, policiais a encontraram no Sol Nascente indo para a residência da avó.
Preso, o homem foi indiciado por estupro de vulnerável, extorsão, por manter e comercializar pornografia infantil. Ele passou por audiência de custódia e teve a prisão flagrante convertida em preventiva pela Justiça. Caso seja condenado, pode pegar mais de 30 anos de prisão.
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