Entre dez e 15 dias, a rede pública de saúde começará a realizar a testagem para a varíola dos macacos no Distrito Federal. A informação é do diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde (SES-DF), Fabiano dos Anjos. Até o fechamento da edição, segundo dados da pasta, o Distrito Federal tem, atualmente, 12 casos — 11 confirmados e um em análise. Há outros 14 em investigação. A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a doença, ontem, como emergência pública de preocupação global. No Brasil, o Ministério da Saúde divulgou que articula com a OMS a compra da vacina contra a doença.
Até o momento, de acordo com o diretor, somente a rede particular de saúde consegue avaliar os casos. Na rede pública, as amostras são enviadas para o laboratório de referência do Ministério de Saúde, que fica na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "Trata-se da única técnica que existe: a biologia molecular. Esse tratamento é considerado padrão ouro para o diagnóstico", afirmou.
Fabiano acrescentou que a rede assistencial de saúde do DF é capaz de tratar os casos. "Quando todo o processo puder ser feito em Brasília, vamos ter condições de dar uma resposta muito mais imediata em relação ao diagnóstico", disse.
Apesar de apresentar periculosidade e número de óbitos baixos, a doença pode ser grave, principalmente para crianças, gestantes e pessoas imunossuprimidas. "Mas a rede assistencial também está preparada para receber esses tipos de casos", garantiu. Ele observou que a pessoa que apresenta os sintomas pode estar livre deles em um período de 21 dias.
Sintomas
De acordo com o Ministério da Saúde, a transmissão do vírus ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. O contato próximo com pessoas infectadas ou materiais contaminados deve ser evitado. Luvas e outras roupas e equipamentos de proteção individual devem ser usados ao cuidar dos doentes, seja em uma unidade de saúde ou em casa.
Quando o diagnóstico é positivo, o procedimento padrão é manter o isolamento e evitar o contato próximo com outras pessoas.
O período de isolamento dura até que as feridas sequem e virem crostas. A partir daí, as lesões, depois de secas, caem. Somente nesse momento, é considerado seguro a retomada de contato com outras pessoas.
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