Entrevista | Celina Leão, pré-candidata a vice-governadora do DF (PP)

"Com Reguffe, o cenário muda"

Ao CB.Poder, parlamentar acredita que a configuração destas eleições passa pela confirmação ou não do candidato do União Brasil

Pablo Giovanni*
postado em 28/07/2022 00:01
 (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

A deputada federal e pré-candidata a vice-governadora Celina Leão (PP), afirmou que o cenário político no Distrito Federal, aos poucos, vai se moldando para as eleições de 2022. De acordo com a parlamentar, que faz parte da chapa encabeçada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), a entrada de José Antônio Reguffe (União Brasil) na corrida eleitoral tende a dar uma embaralhada no páreo. "Acredito que praticamente temos os candidatos colocados, com os partidos colocando os nomes e as convenções se fechando. Fica só no aguardo da candidatura do senador Reguffe (União), se vem para o GDF ou para o Senado. Com a confirmação dele, o cenário muda", comentou, ontem, em entrevista à jornalista Denise Rothenburg, durante o programa CB.Poder — parceria do Correio com a TV Brasília.

O cenário político do DF está praticamente fechado, com a sua chapa com Ibaneis (Rocha), mas ainda tem Leila Barros (PDT), Leandro Grass (federação PT-PV-PCdoB), Izalci Lucas (federação PSDB-Cidadania), além de outros. O quadro está pronto para as eleições?

Acredito que praticamente temos os candidatos colocados, com os partidos colocando os nomes e as convenções se fechando. Fica só no aguardo da candidatura do Reguffe (União), se vem para o GDF ou para o Senado. Com a confirmação dele, o cenário muda.

Na sua aposta, Reguffe sai como candidato ao Palácio do Buriti?

Essa decisão tem que partir do próprio candidato. O Reguffe tem um histórico. Acho que ele vai tomar essa decisão junto com a direção do partido, sendo que, para a sigla, o cenário interessante é uma candidatura a (deputado) federal, porque o que vale no cenário nacional é o número de candidatos, até mesmo pelo fundo partidário. Creio que essa decisão vai ser construído pelo próprio União Brasil, com o candidato Reguffe.

Qual é o principal adversário que vocês vislumbram para essa corrida ao Governo do Distrito Federal?

Acredito que temos que ter respeito por qualquer que seja o nosso adversário. Eleição em Brasília nunca foi fácil, e sempre falo para pessoas que compõem o nosso grupo político que precisamos das eleições com muita humildade, mostrando o que o governador Ibaneis fez nesses três anos e meio, mesmo a pandemia. Temos notícias boas em todas as áreas do governo, mas também temos dificuldades que precisam ser melhoradas e enfrentadas, e acredito que o grande desafio nosso é demonstrar o que Ibaneis fez em uma campanha eleitoral. Acho que a população do DF espera uma campanha de alto nível, com propostas e projetos, e não uma campanha de xingamentos, violências de gênero e misoginia.

Como fica a situação da ex-ministra Damares, que chegou a ser candidata ao Senado pela chapa?

Precisamos, primeiro, reafirmar o compromisso do PP e do Republicanos. No compromisso firmado entre o ministro Ciro (Nogueira) — presidente nacional do PP — e pelo Marcos Pereira — deputado federal e presidente nacional do Republicanos —, somente quem teria poder de tirar a ministra Damares da chapa seria a própria Damares, decisão pessoal dela. Nem o ministro Ciro nem o Marcos Pereira poderiam tomar essa decisão. Isso (a decisão) não passava por nós. E aconteceu uma conversa no Palácio do Planalto, com a própria ministra Damares e o presidente Bolsonaro (PL), onde ele percebeu a possibilidade de ter dois palanques divididos em Brasília. Ele fez um apelo a Damares, que segundo as informações que tivemos, atendeu o pedido do presidente. Acredito que ela deve conversar com Bolsonaro sobre quais serão os rumos dela, mas o PP tem muito respeito por ela, e acho que a visão é que nenhuma campanha, nem a nossa local ou nacional, é uma campanha que a gente não pode descansar. Acho que a ministra faz parte de um planejamento nacional do presidente Bolsonaro.

E qual vai ser o seu papel na campanha do governador Ibaneis?

Acho que o meu papel é o que eu já faço durante o governo. Eu fiz um papel de articulação, sempre deixando o governador Ibaneis tomando a decisão final. Sabendo que em uma composição majoritária, eu sou apenas a vice, e a estrela da coligação é realmente Ibaneis Rocha. Trazemos ideias, apoiamos nos momentos em que ele precisar. Tenho uma boa relação com várias pessoas, partidos políticos, e esse é o meu papel, além de trazer a força da mulher nessa coligação.

E como vai ficar a situação de Paco Britto. Ainda tem espaço para ele?

Claro que tem. O Paco foi muito fiel e correto com o governador Ibaneis.

E qual seria esse espaço?

Acho que a configuração, neste momento, mostrava que o próprio governo precisa de partidos maiores, e de tempo de televisão. Em uma composição majoritária, precisava acomodar os partidos, e ainda precisa acomodá-los. O Paco sempre esteve muito presente com o governador, e ajeitar agora um pouco desse momento pós anúncio de chapa e entender que possa ser que ele tinha uma expectativa. O Paco, com certeza, estará conosco.

*Estagiário sob a supervisão de Guilherme Marinho

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