ex-secretário-geral da CLDF

Acusado de encomendar dois assassinatos, Valério Neves é preso no Lago Sul

Valério é ex-secretario-geral da Câmara Legislativa e é acusado de encomendar dois assassinatos em fevereiro de 2020

O ex-secretário-geral da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) Valério Neves Campos foi preso, na tarde desta terça-feira (12/7), acusado de encomendar dois assassinatos em fevereiro de 2020, no município de Cavalcante, em Goiás.

Valério foi preso enquanto estava escondido no sótão da mansão onde mora com a família, no Lago Sul, por volta das 17h, pela Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO).

Vídeo exclusivo obtido pelo Correio mostra o momento da prisão do empresário. Na filmagem, Neves aparece sem camisa, sentado e ao ser questionado pelos policiais sobre o que estaria fazendo lá, ele responde: “Não quero ser exposto”.

Ao Correio, o delegado Adriano Jaime, da Delegacia de Cavalcante, contou que o empresário é investigado desde de 2020, ano que ocorreu o crime, mas somente este ano a polícia conseguiu de fato comprovar o envolvimento de Neves no crime.

O crime


Em 11 de fevereiro de 2020, dois irmãos identificados como Antônio Cardoso de Miranda e Reno Cardoso de Miranda entraram pela porta dos fundos da Fazenda Garapa, em Cavalcante, e mataram Jorque Ramos e Roniel Alves com tiros na cabeça.

Os irmãos foram presos pela PCGO. Ao longo das investigações, a polícia concluiu que Neves encomendou ao empregado, Antônio Cardoso, os dois assassinatos. Testemunhas relataram à polícia que a morte foi motivada por disputa de terras, devido a construção de uma cerca que invadiria parte das terras de Valério. Até a última atualização desta reportagem, Antônio seguia foragido.

Na tarde desta terça-feira, policiais civis da Delegacia de Cavalcante com o apoio de policiais do Grupo de Investigação de Homicídio (GIH) de Águas Lindas localizaram Valério na QI 3 do Lago Sul. Neves foi preso preventivamente e conduzido à 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul). Ele deve responder por duplo homicídio. A reportagem tenta localizar a defesa de Neves. O espaço permanece aberto para manifestações.

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