Decisão

Justiça mantém prisão de Valério Neves, indiciado por duplo homicídio

O empresário foi detido pela Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), na tarde desta terça-feira (12/7), escondido no sótão de casa, no Lago Sul, e é acusado de mandar matar duas pessoas

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) manteve a prisão preventiva do ex-secretário-geral da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) Valério Neves Campos, preso acusado de encomendar dois assassinatos. O empresário foi detido pela Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), na tarde desta terça-feira (12/7), escondido no sótão de casa, no Lago Sul. Vídeo divulgado em primeira mão pelo Correio mostra o momento da prisão.

A decisão foi proferida e assinada pela juíza Monike de Araújo Cardoso Machado durante audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (13/7). “Na espécie, não vislumbro ilegalidades no cumprimento do mandado de prisão expedido, motivo pelo qual determino a remessa dos autos ao órgão judicante cuja decisão originou a ordem de prisão”, frisou a magistrada.

Conforme o Correio antecipou, Neves é acusado de mandar matar as vítimas Jorque Ramos e Roniel Alves com tiros na cabeça. Segundo as investigações conduzidas pela Delegacia de Cavalcante, o empresário encomendou as mortes a um de seus funcionários, identificado como Antônio Cardoso de Miranda, que é considerado foragido. O duplo homicídio também teve a participação do irmão de Antônio, Reno Cardoso de Miranda, e teria sido motivado por uma disputa de terras.

Na tarde desta terça-feira, policiais civis encontraram Neves escondido no sótão de casa. Na filmagem, ele aparece sem camisa e sentado. Ao ser questionado pelos policiais sobre o que estaria fazendo lá, ele responde: “Não quero ser exposto”. Ao Correio, o delegado Adriano Jaime, da Delegacia de Cavalcante, contou que o empresário é investigado desde de 2020, ano que ocorreu o crime, mas somente agora a polícia conseguiu de fato comprovar o envolvimento de Neves no crime.

O crime


Em 11 de fevereiro de 2020, os dois irmãos, Antônio Cardoso e Reno Cardoso, entraram pela porta dos fundos da Fazenda Garapa, em Cavalcante, e mataram as vítimas Jorque Ramos e Roniel Alves com tiros na cabeça.

Testemunhas relataram à polícia que as mortes foram motivadas por causa da construção de cercas na fazenda, que estariam invadindo as terras de Neves.

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