SELO PAZ NO TRÂNSITO

Uma morte a cada 43 horas

Os dados mais recentes do Departamento de Trânsito (Detran) mostram que 83 pessoas morreram nas pistas do Distrito Federal, entre janeiro e maio. Última semana teve, ao menos, 13 ocorrências graves, segundo levantamento do Correio

Sarah Paes Especial para o Correio
postado em 01/08/2022 00:01
 (crédito: CBMDF/Divulgação)
(crédito: CBMDF/Divulgação)

Na capital do país, a cada 43 horas, em média, uma pessoa perdeu a vida em sinistros de trânsito nos cinco primeiros meses deste ano. No total, 83 pessoas morreram. Os dados são do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF). E, só na última semana, o Correio contabilizou, ao menos, 13 ocorrências graves, que envolveram colisões e atropelamentos.

De janeiro a maio, 119 veículos se envolveram em sinistros com morte, na capital federal. Os principais deles eram automóveis, motos e caminhões, respectivamente. Contudo, a maior parte das vítimas que não resistiu aos ferimentos era motociclista. Em 2021, 61 deles perderam a vida; este ano, até maio, foram 25 óbitos.

Os dados revelam que nem com a pandemia da covid-19 e uma consequente diminuição no fluxo de pessoas nas ruas houve queda na quantidade desses tipos de ocorrências. A média, entre 2017 e 2021, foi de 243 mortes por ano. O perigo nas vias do DF também deixa marcada a disparidade entre a quantidade de ocorrências por idade e por gênero. De janeiro a maio, 67 homens foram vítimas do trânsito, enquanto 12 eram mulheres. Os demais não tiveram o sexo definido nas estatísticas. Em relação à idade, a maior parte das vítimas (25) tinha entre 40 e 49 anos.

Ocorrências

O fim de semana teve registros de mais casos. Ontem, três pessoas ficaram gravemente feridas após uma colisão frontal na DF-130, entre o balão da Rajadinha e o Vale do Amanhecer. Duas das vítimas ficaram presas às ferragens, e a terceira teve traumatismo craniano. 

Na madrugada de sábado, um motociclista de 26 anos morreu após ser atingido por um carro, na BR-060. Ao chegar no local da ocorrência, os militares encontraram a vítima sem sinais de vida, caído em uma das faixas de rolamento da via e com diversos traumas. O motorista do automóvel foi levado para o Hospital Regional da Ceilândia (HRC), com dores na região lombar.

Na mesma data, em Samambaia Norte, uma mulher de 56 anos teve a perna arrancada após ser atropelada. Ela se feriu após a colisão de três carros, em uma via comercial da região administrativa. A vítima foi atendida pelos bombeiros em estado de choque e foi levada para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT).

Além disso, só no primeiro semestre deste ano, 20 pessoas morreram atropeladas no DF. Em todo o ano passado, a quantidade chegou a 49, segundo dados do Detran-DF. A vítima mais recente foi Carlos Alberto Silva, 61 anos, que morreu na última sexta-feira, na faixa reversa da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB), próximo a Samambaia.

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