Reguffe fora da disputa ao GDF

O União Brasil, partido do senador, fechou aliança a favor da reeleição do governador Ibaneis Rocha (MDB) e apoiará a ex-ministra Damares Alves (Republicanos), em chapa avulsa, ao Senado. Parlamentar ainda não decidiu sobre o futuro

O senador José Antônio Reguffe está fora das eleições. O União Brasil fechou uma aliança a favor da reeleição do governador Ibaneis Rocha (MDB) o candidato que seria seu principal rival na disputa pelo Palácio do Buriti.

O União Brasil vai se coligar com o Republicanos e lançar em chapa avulsa, sem um nome oficial para o governo, a candidatura da ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves.

O anúncio da aliança foi feito pelos presidentes regionais do Republicanos, Wanderley Tavares, e do União Brasil, Manoel Arruda. Em seguida, eles foram para a convenção do Republicanos para oficializar o casamento. A primeira-dama Michelle Bolsonaro participou do evento (leia abaixo).

Manoel Arruda disse que esperou uma definição de Reguffe até a meia-noite da última quinta-feira, dia da convenção do União Brasil. E como não obteve resposta acertou a chapa sem cabeça. "O partido vai apoiar Ibaneis e os candidatos do partido estão liberados para apoiar quem preferirem", disse o presidente do União Brasil.

Mas, na véspera da convenção, já havia um acordo encaminhado entre Manoel Arruda, Ibaneis e o Republicanos. O presidente do União Brasil esteve com o presidente Jair Bolsonaro, levado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, para acertar a aliança em torno da candidatura de Damares.

Reguffe agora será um espectador nas eleições. Ele havia dito em pronunciamento que, se o partido lhe negasse a legenda para concorrer ao governo, o caminho seria a desfiliação do União Brasil. O senador que teve mais votos na história do DF e deputado proporcionalmente mais votado no país em 2014 passará os próximos quatro anos sem mandato.

Intenções

Ele tem dito que pesquisas o colocam no patamar acima de 25% das intenções de votos para o governo. Agora candidatos de outros partidos, como Rafael Parente (PSB), Izalci Lucas (PSDB), Leila Barros (PDT) e Leandro Grass (PV), vão brigar pelo seu apoio.

Mas Reguffe precisa primeiro se recuperar emocionalmente. Ontem ele estava muito triste e decepcionado. Muitos disseram que a opção pelo União Brasil não era a ideal. Mas Reguffe afirmava que houve um compromisso do presidente nacional da legenda, Luciano Bivar, de que ele poderia escolher o cargo, os aliados e comandar a campanha. Mas a realidade foi diferente.