Sentença

Penas de criminosos que mataram homem em frente a banco somam 87 anos

O crime ocorreu em 16 de agosto do ano passado, na QNN 1 de Ceilândia. Após a prisão do trio, em outubro de 2021, policiais civis descobriram um plano para resgatar um integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), que estava na sede da PCDF

Darcianne Diogo
postado em 22/09/2022 18:47 / atualizado em 22/09/2022 18:57
Assaltantes abordam idoso em banco de Ceilândia e disparam tiros -  (crédito: Arquivo pessoal)
Assaltantes abordam idoso em banco de Ceilândia e disparam tiros - (crédito: Arquivo pessoal)

A Justiça do Distrito Federal condenou a mais de 87 anos de prisão os três homens envolvidos no latrocínio (roubo seguido de morte) do trabalhador Anaildo Ataide de Souza, morto a tiros quando chegava à agência do Banco do Brasil com uma mochila contendo R$ 50 mil. O crime ocorreu em 16 de agosto do ano passado, na QNN 1 de Ceilândia. Após o encarceramento do trio, em outubro de 2021, policiais civis descobriram que os acusados tramavam resgatar um integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), que estava na sede da PCDF.

Os réus são Gabriel Tavares, Rafael Cesar da Silva e Edivaldo de Araújo. Como consta na denúncia, em 16 de agosto de 2021, por volta das 10h, os envolvidos assaltaram um funcionário de uma empresa responsável pelo depósito semanal de valores em dinheiro. No dia do crime, assim que o rapaz desceu do veículo foi abordado por um dos criminosos. Mesmo sem reagir, o autor disparou vários tiros contra a vítima e a derrubou no chão.

Vídeos divulgados na época do crime mostram o assaltante tentando levar a mochila do funcionário. Sem sucesso, ele volta correndo para o veículo, que o aguardava a poucos metros à frente. Os três criminosos foram presos pela Divisão de Repressão a Furtos (DRF) da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri).

Durante as investigações, os policiais descobriram que criminosos preparavam um veículo blindado, da marca BMW, para invadir o Complexo do Departamento de Polícia Especializada (DPE) e resgatar a liderança de uma facção criminosa. A missão foi dada ao criminoso que executou a vítima na frente da agência bancária.

Com a informação, foram tomadas medidas de caráter preventivo e o preso, que seria "resgatado", foi transferido ao Complexo da Papuda. A Justiça do DF determinou que os suspeitos fossem presos preventivamente pelas próprias circunstâncias dos fatos e os antecedentes penais.

Individualmente, Rafael e Edivaldo foram condenados a 30 anos de prisão. Gabriel recebeu uma sentença de 27 anos e 2 meses. A princípio, todos vão responder pelo latrocínio em regime fechado. A sentença foi proferida pela juíza Verônica Torres Suaiden, da 3ª Vara Criminal de Ceilândia.

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