Com vitória em 18 das 19 zonas eleitorais do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) derrotou os concorrentes e conseguiu ser reeleito para o segundo mandato com 50,30% dos votos válidos (832.633). Foram quase 400 mil a mais do que o segundo colocado, Leandro Grass (PV), que obteve 26,25% dos votos válidos (434.587).
O melhor desempenho do emedebista, postulante da coligação Unidos pelo DF — Avante/Pros/Agir/PP/Solidariedade/MDB/PL, foi no Recanto das Emas (21ª zona), onde obteve 61,44% dos votos válidos. Ele perdeu apenas na Asa Norte (14ª zona), onde ficou com 35,13% dos votos, enquanto Leandro Grass fez 40,03%. Em 12 zonas eleitorais, Ibaneis alcançou mais de 50% dos votos válidos.
Grass também foi o segundo colocado nas 18 zonas eleitorais que garantiram a vitória do atual governador. Os melhores desempenhos do candidato da federação PT-PV-PCdoB foram na Asa Sul (1ª zona), com 36,69%; Cruzeiro, Sudoeste e Octogonal (11ª zona), onde fez 32,50%; Lago Sul, Jardim Botânico e São Sebastião (18ª zona), com 29,03% dos votos válidos.
A terceira posição na contagem final ficou com Paulo Octávio, do PSD — 7.47% dos votos válidos (123.715). Porém, o desempenho do empresário como terceiro colocado se repetiu em 15 das 19 zonas eleitorais. Em quatro delas, ele perdeu a posição para o Coronel Moreno (PTB): Asa Sul (1ª); Cruzeiro, Sudoeste e Octogonal (11ª); Asa Norte (14ª) e Águas Claras (15ª). O Coronel Moreno, por sua vez, conseguiu de 3% a 9% em cada zona eleitoral.
Confira o voto em cada região do DF
Influência nacional
A cientista política Camila Santos analisa que, apesar das pesquisas terem indicado que no DF haveria segundo turno, Ibaneis foi um dos candidatos que se manteve estável em quase todas as previsões e na maioria das zonas eleitorais do DF.
A reeleição, acredita Camila, foi muito influenciada pelo cenário político nacional. No caso do DF, Ibaneis Rocha é aliado do presidente Jair Bolsonaro, que tem a maioria do eleitorado local.
No que diz respeito às zonas eleitorais do DF, ela comenta que a classe social é um dos fatores determinantes e que mostrou diferenças na porcentagem dos votos que cada candidato recebeu. "Regiões com um PIB per capita maior tendem a ser mais favoráveis aos candidatos da direita. É algo fluido, mas, nestas eleições, foi diferente. Ibaneis prevaleceu em todas as regiões, mesmo que com uma vantagem menor em alguma", ressalta.
Outro aspecto que contribuiu para um resultado em primeiro turno foi a fragmentação dos votos entre os demais candidatos. Mesmo que Leandro Grass tenha obtido "um segundo lugar significativo", a divisão entre os outros postulantes favoreceu o atual governador.
*Estagiário sob a supervisão de Malcia Afonso
Saiba Mais
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.