Eleições 2022

Em Santa Maria, eleitores defendem que divergência política não é motivo para briga

Cerca de 80 eleitores do CED 310 de Santa Maria formam longa fila antes da abertura dos portões, com famílias reunidas para irem votar neste segundo turno

Pedro Marra
postado em 30/10/2022 09:55 / atualizado em 30/10/2022 10:13
 (crédito: Vitor Gripp/ Esp. CB/ DA Press)
(crédito: Vitor Gripp/ Esp. CB/ DA Press)

Parte dos cerca de 5 mil eleitores do Centro Educacional (CED) 310 de Santa Maria encararam o frio das primeiras horas da manhã deste domingo (30/10) para chegar aos locais de votação. Por onde a equipe do Correio circulou, era grande a presença de grupos de família. Havia pessoas com adesivo e boné do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e camisas da seleção brasileira de futebol com adereços do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).

Entre os eleitores abordados pela reportagem, alguns são parentes e têm candidatos e opiniões políticas diferentes. O empresário Leandro Silva Costa, 36 anos, por exemplo, é eleitor de Lula. Ele veio de Valparaíso de Goiás para dar carona à madrasta Rosicleide Sousa Araújo, 45, eleitora de Jair Bolsonaro (PL).

Leandro entende que a escolha de candidatos diferentes não deve ser motivo para brigas em família. "Temos que respeitar, apesar de que a polarização desta vez ficou grande. As pessoas acham que por você votar do outro lado tem que haver uma briga, mas não necessariamente", opina o empresário.

Rosicleide conta que a convivência com Leandro é normal e respeita a escolha dele. "Jamais vou brigar com a minha família por causa de político porque política passa, mas a família continua", pondera a aposentada.

Para o próximo mandato, ela espera que haja mais atenção por parte dos governantes no sistema de saúde de Santa Maria, onde mora. "Precisamos ter mais médicos na cidade e uma uma UPA (Unidade de Pronto-Atendimento), que aqui não tem", exige.

Lixo acumulado

A reportagem flagrou panfletos esparramados no chão em frente ao CED 310 de Santa Maria. No primeiro turno, em 2 de outubro, a coleta da sujeira de material de campanha jogado nas ruas superou em 25% o volume recolhido em 2018, no Distrito Federal.

Segundo o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), o total de resíduos coletados na varrição foi de aproximadamente 60 toneladas. Há quatro anos, a quantidade foi de 48 toneladas. A autarquia destaca que esse serviço inclui toda a varrição pública, não apenas os panfletos e materiais de campanha.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação